Sindicato dos Jornalistas

sexta-feira, novembro 29, 2024
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Violência contra jornalista ocorre fora e dentro da redação

A violência contra jornalistas não está só lá fora. É dentro das redações que se cometem, diariamente, violações aos direitos dos profissionais de imprensa, seja em empresa pública ou privada. O crescimento dos casos de agressão e morte de jornalistas e o ambiente de trabalho que avaliza práticas de assédio moral e pressão psicológica foram o tema da mesa “Violência, violações de direitos e o mundo do trabalho”, a última do I Congresso dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, na manhã de sábado (14).
Além do despreparo para lidar com situações de risco, o que causou vítimas como o repórter cinematográfico Santiago Andrade, os trabalhadores têm que lidar com uma realidade de multifunção, em que realizam diversas tarefas ao mesmo tempo – e pelo mesmo salário. A precarização do trabalho do jornalista acontece de diversas formas e está disseminado em redações de mídias pública ou privada, como relataram os jornalistas Isabela Vieira, repórter da Agência Brasil, e Bernardo Moura, atual assessor de comunicação do Sindicato e ex-repórter dos jornais ‘O Globo’ e ‘Extra’.
Jardel Leal, economista do Dieese, afirmou que o panorama no jornalismo é um microcosmos de uma realidade que abrange toda a classe trabalhadora brasileira. Historicamente, diz Leal, as relações entre o capital e o trabalho no país nunca evoluíram ao ponto de o trabalho ser considerado digno o suficiente para ter seus direitos respeitados e garantir que suas reivindicações sejam atendidas.
As recentes mortes de jornalistas, seja no front das manifestações ou nos rincões do país, geraram um movimento do governo, que lançou, com apoio de organizações nacionais e internacionais, um protocolo de segurança para os jornalistas, contou Gustavo Barreto, asessor de comunicação da ONU. O documento (que você acessa aqui) lista medidas importantes, como a criação de um observatório sobre crimes praticados contra jornalistas, a federalização dos crimes contra comunicadores, e o estímulo à formação de bancos de dados com as ocorrências. O debate foi mediado pela presidente do Sindicato, Paula Máiran.

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