Sindicato dos Jornalistas

quarta-feira, abril 24, 2024
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Arrocho não! Sindicato prepara ofensiva para barrar proposta de empresas de rádio e TV, que querem dar só 5,5% de reajuste

As emissoras de rádio e TV insultam os jornalistas do Rio ao propôr um reajuste salarial abaixo da inflação, como ocorreu durante rodada de negociação com o Sindicato nesta terça-feira (27/01). Os representantes dos patrões ofereceram vergonhosos 5,5% para atualizar os salários este ano – algo impensável em tempos de inflação crescente. O abuso é ainda maior se considerarmos que a ‘oferta’ parte das mesmas empresas que engordaram seus lucros com a Copa do Mundo no ano passado e já se preparam para faturar ainda mais com as Olimpíadas de 2016. Adicione a isso desonerações e benesses governamentais, seja em isenção fiscal ou publicidade. Eles só pensam em lucro.
É por isso que precisamos nos unir para barrar mais essa tentativa de desvalorizar a nossa profissão. Venha contribuir na assembleia da campanha salarial, amanhã (29/01), em dois horários: ao meio-dia, no Colégio Divina Providência (Rua Lopes Quintas 274, Jardim Botânico) e a partir das 18h30, no auditório do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar – Centro), com direito a uma apresentação do Dieese sobre o mercado de trabalho para jornalistas. Os dados, compilados pelo economista Fernando Amorim, mostrarão que a boa saúde financeira das empresas de comunicação não justifica o arrocho salarial.
A proposta, ou insulto, levado pelos patrões de rádio e TV vai na contramão da trajetória ascendente da inflação no país. O INPC já acumulava 6,23% de dezembro de 2014. O indicador de janeiro só será divulgado no início do próximo mês – mas, pelos atuais prognósticos, não vai recuar ou estagnar. Este ano, o Sindicato briga por aumento real de 5% e pela adoção do índice de referência de inflação no país, o IPCA, medido no Rio de Janeiro, como índice de reposição de perdas salariais dos jornalistas da cidade, mas enfrenta forte resistência das empresas. O IPCA Rio foi de 7,6% em dezembro.
Os representantes das empresas de jornais e revistas, apesar de negarem a possibilidade de aumento real e de mudança no indicador de reajuste, acenam só com a reposição pelo INPC de janeiro deste ano. Os empresários resistem em adotar piso salarial e fixar regras mais claras para o banco de horas, como reclama o Sindicato. Confira o que está em negociação.

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