Campanha Salarial 2016: termina sem acordo reunião entre o sindicato dos jornalistas e o das empresas de rádio e TV

Foi realizada nesta segunda-feira (25/07) a primeira de três reuniões previstas entre o Sindicato dos Jornalistas e o as empresas de rádio e TV do Rio num prazo de 45 dias que foi concedido pela Justiça do Trabalho para uma última tentativa de fechamento da Campanha Salarial 2016 pela via da negociação direta entre as partes. O encontro não avançou, no entanto, na direção de uma solução negociada. Os representantes das empresas não apresentaram qualquer proposta para a convenção de 2016. Condicionaram o início das negociações sobre 2016 ao rebaixamento das condições conquistadas em 2015 pela categoria por meio de uma ação vitoriosa de dissídio. A ação foi julgada em favor dos jornalistas no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-1) em dezembro e garantiu reajuste salarial de 7,13% com aumento real de 1% e piso salarial de R$ 2.432,72. As empresas ainda tentam impor pisos de R$ 1.446,25 (rádio) e R$ 1.606,95 (TV).
Os patrões alegaram que a decisão da Câmara de Dissídios do tribunal é ‘provisória’, embora, de acordo com o próprio acórdão do TRT, publicado em fevereiro, o cumprimento da lei tivesse que ser imediato, independentemente de recursos ou embargos. O Sindicato cobra na Justiça das empresas o cumprimento do dissídio de rádio e TV de 2015. A diretoria do Sindicato alertou o sindicato patronal sobre o impedimento legal, ratificado em assembleia pela categoria, à assinatura de qualquer convenção que represente rebaixamento de direitos já conquistados em lei.
Sindicatos dos jornalistas e das empresas voltam a se encontrar no dia 8 de agosto para tentar uma saída para o impasse. A Campanha Salarial 2016 voltará ser objeto de julgamento na Câmara de Dissídios caso não seja possível fechar uma convenção por meio de negociação direta até o dia 25 de agosto, data limite estabelecida pelo tribunal.
A negociação direta como primeira etapa da Campanha Salarial 2016 de rádio e TV não foi possível porque as empresas se recusaram a garantir, espontaneamente, a data base (1º de fevereiro), o que obrigou o Sindicato dos Jornalistas a entrar com a ação de dissídio, como único modo de garantia para a categoria da manutenção da validade das cláusulas da convenção coletiva anterior.
O Sindicato aguarda ainda o julgamento do dissídio dos jornalistas de jornais e revistas relativo ao ano de 2015. O TRT-1 ainda não definiu uma data para o julgamento.
Já os jornalistas das assessorias de imprensa têm assembleia marcada nesta terça-feira (26/07), às 19h, no auditório do Sindicato. Na ocasião, os associados poderão ratificar as decisões tomadas em assembleia anterior, realizada em 13 de junho último, quando foi aprovada a pauta de reivindicações deste ano. Os jornalistas também votarão autorização para a diretoria negociar, celebrar acordo, convenção coletiva ou ajuizar dissídio coletivo e protesto judicial.