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quinta-feira, março 28, 2024
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Comissão da ABI manifesta apoio ao Sindicato

A Comissão de Liberdade de Expressão e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) manifestou apoio à atual direção do Sindicato. Leia a íntegra abaixo:
RELATÓRIO DA COMISSÃO DE LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DIREITOS HUMANOS DA ABI
VIOLÊNCIA CONTRA JORNALISTAS
Atos de violência extremada tem se repetido diariamente contra profissionais no exercício legitimo de suas funções. O número de jornalistas e comunicadores ameaçados e atingidos por atos de violência durante a Copa de 2014 é alarmante. Como se não bastasse a violência por parte do aparelho de estado, que tem sido usada indiscriminadamente contra tudo e contra todos, afrontando os mais elementares direitos de cidadania, grupo minoritário de manifestantes tem dirigido suas frustrações contra jornalistas e comunicadores em geral, pondo em risco nossa frágil democracia. A repressão policial tem usado as velhas práticas de regimes ditatoriais, em desrespeito aos mais elementares direitos de cidadania. As agressões aos manifestantes que exerciam o legítimo direito de protestar contra o desvio de verbas durante o jogo final da Copa 2014 no Maracanã e dirigida aos profissionais de imagem que exerciam a simples função de registrar os fatos são inadmissíveis, e tem somente como finalidade esconder as mazelas de nossa sociedade. Os espancamentos feitos por policiais militares que atingiram os profissionais de imagem Boris Mercado fotografo peruano, Samuel Tosta diretor de Sindicato dos Jornalistas, Mauro Pimentel do Portal Terra que teve seu equipamento danificado, Loldano da Silva internado com suspeita de fratura e Jason O’Hara documentarista canadense, que mesmo caído foi chutado na cabeça por um PM, e teve seu equipamento roubado. A sociedade exige providências imediatas para esclarecimento dos fatos e punição para os culpados.
PRISÕES ARBITRÁRIAS
Uma série de procedimentos usados pelo aparelho de estado, segundo as autoridades para garantir a ordem institucional, foi apenas um pretexto para impedir as livres manifestações contra os gastos excessivos na construção das diversas arenas para a Copa 2014. As prisões arbitrárias contra manifestantes feitas ao arrepio da lei vem mostrar um total desrespeito à livre expressão, resquício de anos de arbítrio. A soltura de três ativistas que teriam sido presos, segundo as autoridades preventivamente, foi uma arbitrariedade prontamente corrigida pelo desembargador Siro Darlan. O que não se compreende é a agressão injustificada por parte de manifestantes contra profissionais de imprensa que estavam procurando apenas exercer o legitimo direito de informar, ocorrida durante a soltura de três ativistas. A Comissão de Liberdade de Expressão e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa-ABI repudia com veemência a covarde agressão a vários profissionais, principalmente ao repórter-cinematográfico Tiago Ramos do SBT e ao repórter-fotográfico André Mello do Jornal O Dia. Reconhecemos o direito legitimo de protestar contra a politica de segurança adotada pelo Governo de Estado contra os despossuídos, estabelecendo um cerco às favelas, um velho preconceito que ao contrário de estabelecer uma autêntica pacificação desejada por todos, tem tido como resultado apenas a migração dos marginais de um local para outro, uma espécie de “enxuga gelo”. As execuções criminosas que tem se repetido contra moradores das favelas, a série de assassinatos cometidos por agentes da lei, coloca a suspeita que os subalternos parecem cumprir ordens emitidas por escalões superiores. Deve-se ressaltar que a Policia Militar deveria ter sido criada para proteção da sociedade e não para torturar e executar supostos infratores. Da mesma forma a Comissão reconhece que a violência exacerbada como ação politica em nossos dias é uma atitude equivocada, com práticas semelhantes ao nazi-fascismo. Em nada contribui para a construção de um Estado Democrático de Direito.
SOLIDARIEDADE AO SINDICATO DOS JORNALISTAS
A Comissão lamenta a atitude agressiva, intempestiva e desrespeitosa aos diretores do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Munícipio do Rio de Janeiro, inclusive à presidente Paula Mairan, durante a reunião de sexta-feira dia 25/07 por membros de um grupo que diz lutar pela liberdade e pela democracia, mas que na prática tem feito justamente o contrário. A Comissão solidariza-se com o Sindicato que vem sendo vitima de manipulação da informação, que parece ter como objetivo indispor a atual direção sindical com a opinião publica e com a categoria. Deve-se ressaltar que a diretoria do Sindicato tem denunciado a violência contra os jornalistas e comunicadores durante as manifestações, seja por parte do aparelho de estado, seja a provocada por ativistas desesperados e equivocados.
PRÁTICA DE EXTERMÍNIO NA FAIXA DE GAZA
A Comissão repudia a invasão pelo exercito de Israel aprofundando o conflito com os palestinos, e causando a morte de mais de mil civis, a maior parte de mulheres e crianças, um verdadeiro morticínio. É necessário que seja cumprida a legislação internacional, para acabar em definitivo com o banho de sangue na região, em um conflito de forças desproporcionais. A Comissão entende que o acordo do governo brasileiro com empresas armamentistas de Israel em nada contribui para a tentativa de um acordo para por fim ao conflito na região. Condenamos também o posicionamento arrogante do porta voz do governo de Israel, ao ofender o governo brasileiro em resposta à tomada de posição pacifista do governo Dilma Roussef, ao chamar o embaixador brasileiro em Israel para explicações sobre o conflito na Faixa de Gaza.
Em julho de 2014
Mario Augusto Jakobskind-presidente
Alcyr Cavalcanti- secretário

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