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quinta-feira, abril 18, 2024
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Encerrada a campanha salarial em rádio e TV para 2017

As empresas de rádio e TV recusaram o percentual de 6,7% de reajuste para todos os salários e manteve os 5,44% que correspondem ao INPC acumulado dos últimos 12 meses (fevereiro 2016 a janeiro 2017). A proposta dos patrões foi debatida e votada em quatro sessões de assembleia, no dia 4 de abril. As sessões foram realizadas no SBT, em São Cristóvão, no Colégio Divina Providência, no Jardim Botânico, na Record TV, em Vargem Grande, e na sede do Sindicato, no Centro do Rio – onde foi realizada a apuração de todos os votos. A votação foi secreta. Resultado final: 105 votos a favor​ e 40 contrários.
O reajuste de 5,44% vale para todos os salários, com exceção do piso, que terá uma correção um pouco maior: 6,7%. Com o reajuste, o salário mínimo do segmento ​sobe de R$ 1.687,35 para R$1.800, em TV, e de R$ 1.518,30 para R$ 1.620, em ​rádio.
O reajuste de 6,7% também foi concedido para o auxílio-creche, que de R$ 393,68 ​passa ​para R$ 420,00. Já o auxílio alimentação terá uma correção ainda maior: O valor mínimo diário ​foi corrigido de R$ 16,87 para R$ 18,07.
Os pagamentos dos reajustes para os salários, o piso, o auxílio-creche e o auxílio alimentação são retroativos a fevereiro.
Foram mantidos os percentuais escalonados para o pagamento da Participação de Lucros e Resultados: 22%, 30% 40% do salário do funcionário, dependendo do número de jornalistas existentes na empresa. Os valores mínimos e máximos da PLR terão reajuste de 5,44%.
Também serão corrigidos em 5,44% os valores de seguro de vida e auxílio-funeral.
A Convenção Coletiva​ de 2017 terá novidades nas cláusulas sociais. A diretoria do Sindicato conseguiu negociar a realização de uma pesquisa sobre o perfil do jornalista no Rio de Janeiro, a ser custeada pelas empresas, assim como a adoção de medidas de segurança para o exercício da profissão de jornalista. Foi também incluída uma cláusula que prevê treinamento interdisciplinar nas empresas, com cursos e oficinas destinadas à qualificação profissional.
Além das cláusulas econômicas e sociais, a proposta de Convenção Coletiva prevê uma doação para o custeio do plano de recuperação financeira do Sindicato. A cláusula foi incluída para que os jornalistas possam, voluntariamente, contribuir para sanar a grave crise de caixa que vive o nosso Sindicato – hoje com um déficit de R$ 408 mil.
A doação será feita em duas parcelas de R$ 42,50,​ e aqueles que não quiserem contribuir poderão enviar carta em oposição ao desconto.

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