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sexta-feira, março 29, 2024
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Sindicato cobra uma série de denúncias à Rede TV

Atendendo a um pedido de esclarecimento sobre denúncias encaminhadas ao nosso sindicato, feitas por jornalistas da Rede TV, esteve em nossa sede, a assessora jurídica da empresa, Dra. Carina Castro.
Foi recebida pelos Diretores Marcio Leal, Carmen Pereira e Sonia Fassini e pela assessora do Jurídico Maria Aparecida Ferreira.
Na ocasião foram apresentados os principais pontos da denúncia que envolvem questões de segurança no transporte de jornalistas para matérias externas, com a utilização de carros de aluguel (táxis e Uber) que não oferecem grade de proteção para o transporte dos equipamentos. A diretora Carmen Pereira lembrou que essa é uma cláusula sempre presente nas Convenções Coletivas, há mais de trinta anos e que nunca foi questionada pelo patronato, pois é uma forma de preservar vidas e equipamentos e m caso de acidentes.
Esta cláusula tem origem nas mortes do repórter Samuel Wainer Filho, o Samuca, 27 anos, e do repórter cinematográfico Felipe Ruiz, 28 anos, da TV Globo, em 1984, quando a Veraneio em que viajavam, deslizou no asfalto molhado da RJ-l24, e se chocou contra uma árvore. A equipe ia fazer a cobertura do desastre aéreo que matou, entre outros profissionais, o seu colega de emissora, repórter Luiz Eduardo Lobo, o Lobinho, o repórter cinematográfico Dario Duarte Silva e os operadores Levi Dias da Silva e Jorge Antônio Leandro.
Ainda na reunião foi lembrado que, em períodos de convulsão social, como o que estamos vivendo atualmente no Rio de Janeiro, as equipes de reportagem ficam expostas ao perigo das balas perdidas, por não poderem deixar os locais de conflito, com a agilidade necessária.
Outra questão abordada foi o desvio de função a que estão submetidos os profissionais de imagem. Há denúncias de que repórteres cinematográficos em atuação na empresa são contratados como operador de câmera de unidade portátil externa. Foi pontuado que nem todo operador de câmera (função de radialista) é repórter cinematográfico, que deve ter esse registro profissional junto ao Ministério do Trabalho como jornalista para atuar no jornalismo da emissora.
Por fim, foi pedida uma a averiguação sobre chefias que estariam praticando assédio moral sobre os jornalistas. O Sindicato tem recebido inúmeras queixas sobre gritos e destratos, que seriam recorrentes na redação da Rede TV.
Ficou marcada uma nova reunião, no dia 07/03 para que o Sindicato tome conhecimento das providencias que tenham sido adotadas. Na oportunidade será realizada uma visita à redação para que o sindicato possa verificar as denúncias recebidas quanto as instalações.

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