Sindicato denuncia ilegalidades na escala de trabalho dos jornalistas na cobertura da Olimpíada

As empresas de comunicação do Rio estão impondo tarefas hercúleas, e ilegais, para os jornalistas que participam da cobertura da Olimpíada, que começa na próxima sexta-feira (05/08). O Sindicato recebeu denúncias de sobrecarga horária e desrespeito à jornada legal de trabalho de profissionais que atuam em emissoras de TV e rádio e jornais, como Rede Globo, SBT, Record, O Globo, Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo. Em ofício encaminhado às empresas na tarde desta sexta-feira (29/07), o Sindicato cobra a observância da lei em relação à carga horária e o respeito ao descanso semanal. As denúncias de ilegalidade na escala de trabalho também serão encaminhadas à fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego e ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
Entre as denúncias relatadas ao Sindicato, há casos em que a escala de trabalho divulgada pela empresa prevê que o jornalista terá que trabalhar 40 dias seguidos sem folga – o que é ilegal. Também há jornalistas trabalhando para além da jornada legal de cinco horas, que só pode ser estendida por mais duas horas com a devida remuneração.
Não é a primeira vez que as empresas de comunicação do Rio violam os direitos trabalhistas em coberturas de grandes evento. O Sindicato denunciou as mesmas práticas durante a Copa do Mundo e o Carnaval. Nos dois casos, além da sobrecarga de trabalho, os jornalistas foram submetidos à precárias condições de segurança e de infraestrutura para o exercício da profissão. Durante os Jogos Olimpícos, o Sindicato permanecerá vigilante na denúncia de violações aos direitos trabalhistas da categoria dos jornalistas. Denúncias podem ser encaminhadas pelo e-mail denuncia@jornalistas.org.br.