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quinta-feira, abril 18, 2024
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Sindicato fará fiscalização cerrada do pagamento das verbas rescisórias dos demitidos no 'Lance!'

As 37 demissões ocorridas no jornal Lance! na semana passada se tornaram alvo de fiscalização cerrada do Sindicato. Em reunião com os trabalhadores nesta terça-feira (30/09), ficou decidido que a entidade fará o acompanhamento minucioso dos pagamentos das verbas rescisórias dos demitidos. Desta forma, será possível saber se benefícios atrasados, como a participação dos lucros e resultados e as horas extras, serão creditados nas contas dos ex-funcionários. O Sindicato manterá ainda a cobrança pelos direitos, de quem saiu e de quem ficou, na terceira rodada da mesa redonda do Ministério do Trabalho, marcada para o dia 16, às 11h. No mesmo dia, às 13h, haverá uma nova reunião com os jornalistas para decidir os rumos da negociação.
Caso o Lance! mantenha a postura dos últimos dois encontros na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio, o Sindicato vai oferecer aos jornalistas a possibilidade de entrar com uma ação na Justiça trabalhista reivindicando direitos e o pagamento de benefícios atrasados. Há ainda uma articulação para realizar um ato em frente ao jornal.
A categoria dos jornalistas foi surpreendida no fim da semana passada com as demissões realizadas pelo ‘Lance!’. Apesar de estar em negociação com o jornal há quase um ano, para o cumprimento de direitos trabalhistas, o Sindicato não foi alertado sobre a possibilidade de trabalhadores serem dispensados. O jurídico do Sindicato estuda se a dispensa dos 37 profissionais, de uma redação com cerca de 70 deles, pode ser caracterizada como demissão em massa, o que pode complicar a situação do jornal na Justiça.
Além do pagamento de benefícios atrasados (a PLR, por exemplo, não é paga desde 2009), a mesa redonda no Ministério do Trabalho também trata de outras, e graves, irregularidades na empresa, como a ausência de ponto na redação, apesar de existir a máquina e o controle de horas ser obrigatório em outros departamentos; o não pagamento de horas extras; acúmulo de função; jornada estendida por mais de seis dias sem folga; falta de clareza na compensação de folgas; ausência de equipamentos de proteção individual; estagiários desempenhando trabalho de jornalista; falta de ergonomia e equipamentos ultrapassados.

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