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sexta-feira, abril 19, 2024
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Trabalhadores da EBC entram em greve dia 10 de novembro

Em assembleia nacional realizada nesta quinta-feira (5), os trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação decidiram entrar em greve a partir de zero hora da próxima terça-feira (10 de novembro). Além de não conceder um reajuste que atenda a demanda dos trabalhadores a EBC também quer cortar a ajuda alimentação (hoje em R$ 832,78), congelar os benefícios como o vale-cultura e os auxílios creche e aos funcionários que têm filhos com deficiência.
Na quarta-feira aconteceu mais uma reunião entre os sindicatos e a comissão representantes dos trabalhadores e a diretoria da EBC para discutir a pauta de reivindicações da campanha salarial. Após cinco rodadas de discussão, a empresa mantém-se intransigente com a proposta de não reajustar o salários e manter os vencimentos congelados. A proposta colocada pela direção da EBC é parcelar em dois anos um “reajuste” de 5%, sendo que só a inflação devida aos trabalhadores pelo IPCA é de 9,49% (novembro de 2014 a outubro de 2015). A data-base da categoria é 1º de novembro.
Nova reunião de negociação está marcada para segunda-feira (9). E a próxima assembleia está agendada para terça às 12h30.
Os radialistas e jornalistas também aprovaram encaminhar uma carta à presidenta Dilma e ao ministro das Comunicações, Edinho Silva, cobrando respeito aos trabalhadores, ao caráter público da EBC e sua importância para a democratização da comunicação no Brasil. Está nas mãos da direção da EBC e do governo federal a possibilidade evitar a suspensão dos serviços na empresa.
Em 2013 a os trabalhadores da EBC ficaram 15 dias em greve por conta da intransigência da empresa.
A Fitert vem acompanhando as negociações representando o Sindicato dos Radialistas do Maranhão, que emitiu procuração à Federação. “Com isso, temos presenciado o descasos da EBC com os trabalhadores para manter um emissora pública com pluralidade e diversidade”, ressalta José Antônio.
Representação – Em assembleia anterior, no dia 29, os trabalhadores também discutiram a polêmica participação da Contcop (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade) nas negociações. A uma compreensão por parte da maioria dos sindicatos e de uma parcela de trabalhadores de que a Contcop não tem representado de fato os interesses da categoria à frente das negociações. Os funcionários decidiram manter a participação da Confederação na comissão até janeiro e retomar o debate a fim de não prejudicar ainda mais a discussão com a empresa. Os sindicatos dos Radialistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo defenderam a saída da Contcop da comissão, mas concordaram com a proposta aprovada porque a prioridade dessas entidades é a defesa dos trabalhadores.
“Avalio que a Contcop deveria ter bom senso e se retirar das negociações para que sejam conduzidas pelas entidades que legalmente representam as categorias, que são os sindicatos, a Fitert e a Fenaj. Nossa prioridade agora é mobilizar e organizar os trabalhadores para defender seus direitos e reivindicações, e para que a conta da crise não fique nas costas dos funcionários. Por isso, vamos continuar participando da comissão na condição de representantes do Sindicato dos Radialistas do Maranhão e em janeiro voltamos a discutir. Na semana que vem, estaremos indo acompanhar a instalação do processo paredista no Estado do Maranhão”, afirmou o coordenador da Fitert, José Antônio Jesus da Silva, que tem acompanhado a mobilização na EBC no Distrito Federal e no Estado nordestino.

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