O Ministério Público do Trabalho abriu um inquérito para investigar as condições de segurança oferecidas aos funcionários do Grupo Bandeirantes de Comunicação no Rio. A decisão veio após reunião de diretores do Sindicato com a procuradora-chefe Teresa Cristina d’Almeida Basteiro nesta sexta-feira (14/02) para tratar de denúncia encaminhada pela entidade após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, que foi atingido por um rojão disparado por manifestante em protesto na Central do Brasil.
A Procuradoria do Trabalho agora deverá chamar a empresa para saber o que é feito atualmente para garantir a segurança dos trabalhadores. O Sindicato afirma que esta tragédia poderia ser evitada, ou ao menos minimizada, se a empresa fornecesse as condições necessárias para o trabalho do jornalista, como equipamentos de proteção individual, equipe de apoio, treinamento e logística.
O ofício enviado pelo Sindicato ao MPT também alerta para a necessidade de se instalar as comissões de segurança nas redações do Rio, medida que consta do acordo coletivo do ano passado e não é cumprida pelas empresas, inclusive a Bandeirantes. Os colegiados, formados por representantes de patrões e empregados têm a função de normatizar as medidas de proteção de acordo com a realidade de cada ambiente, e em benefício do trabalhador.
Como as más condições de trabalho e de segurança não estão restritas às redações do Grupo Bandeirantes, os representantes do Ministério Público do Trabalho sinalizaram que o resultado deste inquérito poderá ser aplicado a outras empresas.