Os jornalistas da sucursal São Paulo da Agência Brasil, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), comunicaram formalmente às chefias que não farão a cobertura de protestos de rua enquanto não forem fornecidos os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A adesão é de 100% dos profissionais do veículo da capital paulista. Eles reivindicam o cumprimento do Acordo Coletivo, que obriga a empresa a disponibilizar os EPIs em situações de risco. A EBC é vinculada à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Segundo o comunicado, “a pesar das recorrentes cobranças, os equipamentos ainda não foram disponibilizados, e a cobertura de tais protestos continua a colocar os repórteres em risco”. Os repórteres alegam que “a medida é necessária para resguardar a segurança dos profissionais da EBC em coberturas perigosas e arriscadas, como as que temos assistido, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo”. Neste sábado (22) já estava prevista cobertura de protesto contra a Copa do Mundo na capital paulista.
Eles afirmam que a morte do cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, tornou mais evidente o risco à integridade física de profissionais de imprensa sem EPIs nas manifestações de rua. Os jornalistas afirmam que retomarão a cobertura assim que os equipamentos forem fornecidos, prazo que a EBC não informou aos empregados até o momento .
No comunicado, eles lembram que o Ministério Público do Trabalho, em matéria publicada pela própria Agência Brasil, destacou que as empresas podem ser responsabilizadas pelos riscos a que submetem seus profissionais.
Além dos empregados, também já cobraram da empresa o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF (SJPDF) e o Conselho Curador.