Sindicato dos Jornalistas

sexta-feira, novembro 29, 2024
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Apesar de lucros recordes, empresas de comunicação oferecem só 5% de reajuste salarial aos jornalistas

(reprodução do boletim eletrônico do Sindicato enviado em 28/02/2014)
As empresas de rádio, TV, jornais e revistas rejeitam a hipótese de conceder reajuste salarial acima da inflação para os jornalistas este ano. Propostas de aumento de 5% (rádio e TV) e 5,26% (jornais e revistas) foram apresentadas pelos representantes dos patrões durante as rodadas de negociação desta semana. O Sindicato as considerou insuficientes e segue firme na defesa de um reajuste com aumento real no salário dos trabalhadores. A contraproposta patronal passará pelo crivo da categorias em assembleia após o Carnaval.
Os patrões alegam que o cenário financeiro é sombrio. Mas não é bem assim. Após obter resultado fabuloso no ano passado, faturando R$ 21 bilhões em publicidade, a TV aberta pode avançar 10% mais este ano, de acordo com estimativa de mercado do Projeto Inter-Meios publicado na revista Meio & Mensagem deste mês. A pesquisa, que mede os investimentos publicitários em diversas mídias, aponta que são promissores ainda os horizontes de crescimento para rádios (10%), jornais (6%) e revistas (4%). Isso sem falar da internet, onde todas as empresas estão presentes, que faturou R$ 1,4 milhão em 2013 e espera ver a receita de anúncias crescer 10% este ano. “É um mercado em franca recuperação”, afirma Anco Saraiva, diretor de marketing da TV Globo à revista.
O que foi discutido na rodada de negociação:
– Piso salarial: negociações avançam, mas patrões rejeitam valor de R$ 4.927. Representantes de jornais e revistas prometem apresentar contraproposta na primeira reunião de março.
– Tíquetes alimentação e refeição: Sindicato cobra inclusão do valor de face na convenção coletiva, mas patrões resistem.
– Sem adicional: patrões não querem pagar adicionais de periculosidade, de reprodução de matéria, de chefia e de repórter fotográfico.
– Participação de lucros: as empresas querem manter o modelo do acordo coletivo vigente, que prevê pagamentos escalonados de acordo com o número de jornalistas em cada redação.
– Cláusulas indevidas: o Sindicato é contra proposta patronal que prevê o início da contagem de horas de trabalho externas somente a partir do momento em que o profissional chega ao local combinado, excluindo o tempo gasto no deslocamento. A entidade também não aceita medida que fala de ‘escalas de trabalho e prazos compensatórios especiais’.
– Irregularidades: a contraproposta de rádio e TV contém ainda um item que, na prática, dificultaria a resolução de qualquer irregularidade na Justiça ou no Ministério Público do Trabalho sem que antes o Sindicato consultasse a empresa denunciada.
 
Sindicato denuncia problemas da cobertura de carnaval à fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho
Nas ruas, o Carnaval é época de alegria e diversão. Nas redações, ele se traduz em jornadas de trabalho excessivas, estresse em alta e risco de violência em plena passarela do samba. Diretoras do Sindicato se reuniram nesta quinta-feira (27) com o chefe da fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho do Rio, Augusto Lima, para pedir atenção à segurança do trabalho dos jornalistas durante os dias de folia. A DRT terá uma equipe de seis fiscais de plantão para acompanhar a situação dos até dez mil trabalhadores na Marquês de Sapucaí.
Os maiores riscos para os jornalistas nesta cobertura são a jornada excessiva e as diversas funções que a empresa obriga o jornalista a desempenhar, como escrever e fotografar, além da agressão por parte de seguranças dos desfiles. De acordo com Lima, o empregado não deve ‘mascarar’ o ponto e detalhar todas as horas que foram trabalhadas, assim como registrar a ocorrência em caso de violência. Empresas denunciadas por multifunção podem ser autuadas e multadas, afirma o chefe da fiscalização da DRT.
O Sindicato estará de plantão no sambódromo nos dois dias de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial deste ano. A presidente Paula Máiran ficará a postos no domingo (02/03) e na segunda (03/03) para receber denúncias e reclamações de jornalistas relacionadas à cobertura do Carnaval. Os trabalhadores podem entrar em contato pelo telefone (21) 99439 2951 ou pela nossa central de denúncias http://bit.ly/centraldenuncia.
Rio realiza congresso de jornalistas profissionais pela 1ª vez
A situação da liberdade e dos direitos no Brasil 50 anos após o golpe civil militar de 1964 conduzirá os debates do I Congresso dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, nos dias 14 e 15 de março no auditório do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga 16, 17º andar, Centro do Rio). As inscrições estão abertas (veja os preços abaixo), e também poderão ser feitas na hora do evento. Além dos debates, o encontro discutirá as teses que vão guiar o Congresso Nacional dos Jornalistas, em abril, em Maceió, e elegerá os cinco delegados que representarão os cariocas.
O encontro questionará as heranças dos anos de chumbo, como o monopólio midiático que ainda tenta ditar ideias e comportamentos sobre a nossa sociedade, provocando conflitos entre os interesses público e privado. A ética jornalística durante a cobertura de megaeventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, assim como a precarização das condições de trabalho dos jornalistas também estarão em debate. O congresso terá ainda o lançamento dos livros de Cid Benjamim, Ivan de Souza (Instituto Henfil) e Marcos Roxo.
Inscrições:
Inscreva-se em http://bit.ly/seinscrevenocongresso
Sindicalizados em dia: R$ 10
Sindicalizados com mensalidades em atraso: R$ 20
Não sindicalizados: R$ 30
Estudantes pré-sindicalizados: gratuito
Estudantes não sindicalizados: R$ 5
A inscrição pode ser paga na sede do sindicato, das 9h às 17h, ou por depósito bancário (Banco do Brasil / agência 2975-0 conta corrente 10.5015-X. O comprovante do depósito deve ser encaminhado para informe-sjpmrj@jornalistas.org.br).
Más condições de trabalho dos jornalistas serão tema de audiência pública na Alerj
As precárias condições de trabalho dos jornalistas serão tema de audiência pública convocada pela Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na semana seguinte ao carnaval, afirmou o deputado Paulo Ramos (PSOL) nesta quinta-feira (20). O parlamentar, que preside o colegiado, recebeu a visita da presidente do Sindicato, Paula Máiran, e da secretária-geral, Claudia de Abreu, que lhe entregaram cópias do relatório sobre a violência contra os jornalistas, da pauta de revindicações da campanha salarial deste ano e da denúncia feita ao Ministério Público do Trabalho sobre a falta de um protocolo de segurança na Band, emissora onde trabalhava Santiago Andrade, repórter cinematográfico morto após ser atingido por rojão.
“Além das questões de segurança, precisamos aprofundar o debate sobre a precarização do trabalho do jornalista. Somos submetidos hoje a condições inaceitáveis, com assédio moral, carga horária excessiva e desrespeito ao nosso código de ética”, afirma Paula Máiran
Representantes dos trabalhadores, das empresas e do Estado serão convidados pela audiência pública da Alerj, que estava entre as propostas sugeridas na plenária de emergência dos jornalistas convocada após a morte do jornalista. A data será definida até a próxima semana.
‘Não é você. Sou eu’: Atrasos para marcar homologação não são culpa do Sindicato, diz Infoglobo
O Sindicato não tem qualquer relação com atrasos na homologação de ex-funcionários da Infoglobo, reconheceu o gerente de serviços do RH da empresa, Fernando Gimenes, ao ser questionado pela diretoria. Jornalistas procuraram o Sindicato nos últimos dias para dizer que, segundo o setor de recursos humanos, a entidade seria a responsável pela demora para marcar o procedimento. Gimenes afirma, porém, que é a empresa que está com problemas no agendamento. Após a cobrança do Sindicato, seis ex-funcionários da Infoglobo conseguiram marcar a homologação.
O representante da Infoglobo também reconheceu que o Sindicato não deu qualquer aprovação à mudança na política do PAR, programa de participação de lucros da empresa, que excluiu os funcionários que saíram da empresa. A alteração fez com que jornalistas que não completaram o ciclo de doze meses ficassem sem receber o benefício, apesar de terem trabalhado para os lucros e resultados. O Sindicato negocia para que a empresa volte atrás e faça os pagamentos.
Sindicato cobra cumprimento da jornada legal de cinco horas na Petrobras
O Sindicato se reuniu com representantes do departamento de recursos humanos da Petrobras para cobrar o cumprimento da jornada legal de cinco horas, mais duas horas extras, para os jornalistas. A empresa argumenta que o cargo de jornalista não consta de seu plano de cargos, mas o Sindicato afirma que eles desempenham funções jornalísticas, como produção de matérias diárias em texto e vídeo. Além disso, a companhia exigiu a formação superior em jornalismo no concurso que selecionou os funcionários. A Petrobras disse que nunca foi procurada por representantes da categoria para ajustar a jornada e prometeu analisar a reivindicação. O Sindicato se reunirá com os trabalhadores em março.

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