Cinquenta anos após o golpe civil-militar, persiste na sociedade brasileira um entulho autoritário que atrapalha a caminhada rumo a um jornalismo verdadeiramente livre, plural e democrático. Essa foi a questão central que permeou as quatro mesas de debate nos últimos dias 14 e 15 durante o I Congresso dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, realizado na sede do Sindicato. Além das discussões sobre as liberdades e os direitos dos jornalistas em um contexto de megaeventos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016, e da crescente precarização das nossas condições de trabalho, o encontro votou teses e moções e escolheu os cinco delegados que vão representar os cariocas no Congresso Nacional dos Jornalistas, em abril, em Maceió (AL).
Um apelo pela democratização da comunicação e pela união da categoria dos jornalistas abriu o Congresso na noite de sexta-feira em mesa composta por organizações de imprensa, como a ABI, e entidades de classe. “A informação não pode ficar nas mãos de quem a manipula em busca de seus próprios interesses econômicos”, afirmou o jornalista Mário Augusto Jakobskind, que representou o Conselho Curador da EBC. ‘É preciso coragem e ousadia para mudar esse cenário’, disse a presidente do Sindicato, Paula Máiran.
Veja como foi o Congresso:
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Congresso teve lançamento de livros e roda de samba
Jornalistas do Rio aprovam delegação, teses e moções para o Congresso Nacional, em Maceió