Os próximos passos são cruciais para garantir um bom acordo coletivo para os assessores de imprensa do Rio de Janeiro: intensificação de visitas e conversas com os profissionais nas próprias agências de comunicação e a realização de uma assembleia representativa. Contudo, ainda é preciso que o Sindicato Nacional das Empresas de Comunicação Social (Sinco) envie, finalmente, sua contraproposta.
Durante reunião na primeira semana de março entre a comissão de negociação e representante patronal, o Sinco garantiu enviar uma resposta até o dia 12. Porém, com este atraso, os empresários claramente mostram que querem enrolar, ganhar tempo, protelar mais ainda as negociações. A categoria não permitirá!
Após novo contato do Sindicato dos Jornalistas, um dos representantes do Sinco afirmou nesta quarta-feira (21/3) que a contraproposta não foi enviada porque a entidade aguarda a resposta dos trabalhadores em relação a uma carta – a ser assinada por ambas as partes – informando às assessorias de comunicação sobre visitas de representantes sindicais. Neste ano, algumas empresas proibiram conversas de diretores do Sindicato dos Jornalistas com profissionais em seus locais de trabalho – mesmo esta permissão constando na convenção coletiva do segmento.
Esta carta, já ratificada, no entanto, não tem a menor influência sobre a resposta do Sinco – e os patrões têm ciência de que a categoria aguarda justamente a contraproposta para intensificar visitações a assessorias e convocar nova assembleia.
Na última rodada de negociação, no início do mês, o representante do Sinco reafirmou que os empresários do setor não abrem mão do subpiso para os recém-formados, chamado por ele de “piso de ingresso”. A comissão de negociação do Sindicato dos Jornalistas deixou claro que, com os termos apresentados pelo patronato, as negociações não avançariam.
Texto atualizado às 18h51 de 26 de março de 2012.