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sábado, novembro 23, 2024
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CUT: desenvolvimento sustentável é sem o FMI

Na tarde da última segunda-feira (11/6), mais de 500 representantes de trabalhadores de 50 países abriram no Rio do Janeiro a II Assembleia Sindical Sobre Meio Ambiente e Trabalho. O evento debate até quarta-feira (13/6), no Hotel Windsor Guanabara (Av. Presidente Vargas, 392), a relação entre trabalho e meio ambiente.
Na cerimônia de abertura, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, passou a limpo a pauta que a Central defenderá tanto na Cúpula dos Povos quanto na Rio+20: não há desenvolvimento sustentável e transição justa para uma nova economia sem proteção social e trabalho decente.
Para o dirigente, nada mudará se os países repetirem as mesmas fórmulas de sistemas falidos. “Não vamos criar um modelo de desenvolvimento sustentável se continuarmos seguindo as orientações do FMI, do Banco Mundial e dos neoliberais, que um dia também governaram o Brasil com o senhor Fernando Henrique Cardoso, e que pregavam o lema da restrição e do arrocho, afetando os trabalhadores e aqueles que mais precisam de proteção social.”
Ele ressaltou ainda que a chamada transição justa, de uma economia poluente para uma preocupada com a preservação dos recursos naturais, deve levar em conta a qualidade de vida e a voz do trabalhador. “Temos que fortalecer a negociação coletiva e a liberdade e autonomia sindical ao redor do mundo e não podemos aceitar o assassinato de sindicalistas como na Colômbia e Guatemala. Assim como não podemos aceitar que governos e líderes empresariais pressionem os trabalhadores para que não se filiem aos sindicatos ou permitir que esses mesmo patrões criem instituições de fachada apenas para negociar mais facilmente”, alertou.
Secretária Geral da Confederação Europeia de Sindicatos, Bernadette Segol, também lembrou que as medidas restritivas, na velha linha neoliberal, aprofundaram ainda mais a crise. “As reformas afetaram a proteção social, o serviço público e jogaram o salário para baixo, visando também diminuir a capacidade de diálogo, já que a maior parte foi imposta e não negociada. Disseram que essa seria a saída para a crise, mas os planos fracassaram econômica e socialmente, elevando o desemprego e a pobreza”, comentou.
A função do movimento sindical diante do atual cenário, diz, é cobrar mais responsabilidade dos chefes de Estado. “Os líderes políticos devem ter mais ambição e não ficar apenas na reformulação dos acordos já vigentes. Os trabalhadores exigem mais clareza.”
Fonte: CUT

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