Nesta quinta-feira (12/7) o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro promove o Seminário Relação Trabalhista na Imprensa Sindical. O evento, no auditório da entidade (Evaristo da Veiga, 16/17º andar. Cinelândia), a partir das 19 horas, é aberto a todos interessados e vai debater a possibilidade de jornalistas em assessoria de imprensa de sindicatos adotarem uma convenção coletiva própria.
“Atualmente, os jornalistas de redação estão enquadrados no acordo de rádio e TV ou de jornal e revista. Os profissionais de empresas de comunicação corporativa também têm um acordo específico. Já os assessores de imprensa sindicais não estão representados em nenhuma destas convenções”, explica o diretor do Sindicato dos Jornalistas Bruno Cruz.
O seminário vai contar com palestra da jornalista Claudia Santiago, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC), entidade que atua junto a movimentos comunitários e sindicais. Ela vai expor o desenvolvimento da produção do setor de imprensa de sindicatos a partir da redemocratização do Brasil até os dias de hoje.
Já a advogada do Sindicato dos Jornalistas, Claudia Duranti, vai falar sobre assédio moral e direitos dos jornalistas. “Os empregados de sindicato são regidos pela convenção coletiva majoritária da categoria representada pela entidade onde trabalham”, explica ela. “Assim, um jornalista que trabalha no Sindicato dos Metroviários, por exemplo, fica sob a convenção majoritária dos metroviários”. A advogada diz, no entanto, que ao mesmo tempo também deve ser levada em consideração a legislação específica dos jornalistas, como a jornada de cinco horas.
O Sindicato vai divulgar durante o seminário resultados preliminares de pesquisa sobre a atual situação dos profissionais da imprensa sindical no Rio. Pontos como salário, benefícios e vínculo trabalhista serão abordados no levantamento.
Na imprensa sindical existe atualmente uma disparidade salarial muito grande, porque cada entidade tem sua política de remuneração. A organização formal destes trabalhadores, algo que seria pioneiro no Brasil, tem por objetivo buscar soluções conjuntas para estes problemas.