A paciência dos profissionais da RedeTV! chegou ao fim. Jornalistas e radialistas da emissora em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte ainda não receberam o salário de junho. No caso da capital carioca, há atraso no depósito do FGTS desde janeiro, além de várias outras irregularidades e desrespeito aos direitos trabalhistas.
Estes problemas foram levados pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio ao Ministério Público do Trabalho em abril, após a RedeTV! ter se recusado a receber diretores da entidade para reunião. Uma audiência foi marcada pela Procuradoria para esta segunda-feira (16/7). O Sindicato vai listar as irregularidades que ocorrem no Rio e em outras praças.
“A empresa ultrapassou todos os limites”, destaca a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, Suzana Blass. Relatos de funcionários dão conta de sucateamento nos equipamentos de trabalho, atraso nas férias, horas extras sem recebimento… São vários os problemas, além da contratação via pessoa jurídica.
Em São Paulo e Belo Horizonte, o atraso no depósito do salário também revoltou os jornalistas. Conforme informa o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, a categoria, junto com os radialistas, está em estado de greve desde quarta-feira (11/7) diante da irresponsabilidade da empresa. “Fizemos assembleia em frente à sede da emissora”, conta o secretário-geral do sindicato paulista, André Freire.
Na capital mineira também houve assembleia. Por falta de competência e de respeito aos profissionais de redação, a RedeTV! corre o risco de ficar sem jornalistas para produção e reportagem.
ATUALIZAÇÃO às 12h22 de 13/7/2012: Na quinta-feira (12/7), a RedeTV! depositou o salário de junho dos jornalistas tanto no Rio com em São Paulo e Minas Gerais. Benefícios e direitos trabalhistas, no entanto, seguem em atraso.
ATUALIZAÇÃO às 16h21: Representantes do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio foram até a RedeTV! nesta sexta-feira (13/7) entregar panfletos que informam sobre a audiência no Ministério Público do Trabalho em relação às irregularidades da emissora. No entanto, a direção da empresa não permitiu a entrada de sindicalistas na redação.
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