Uma luta de 25 anos, e que teve seu auge durante a Conferência Nacional de Comunicação (2009), ganhou um novo fôlego em agosto. Desde o dia 27, data em que o Código Brasileiro de Telecomunicações completou meio século, a campanha Para Expressar a Liberdade vem sendo divulgada em diferentes mídias e nas ruas de pelo menos dez capitais brasileiras.
No bojo das reivindicações, lançada por entidades como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), está a necessidade de pluralizar as comunicações no Brasil. Em outras palavras: que a liberdade de expressão seja, de fato, do povo brasileiro e não apenas dos empresários de veículos de comunicação.
“Buscamos fazer com que o governo federal saia de cima do muro e faça essa discussão com a sociedade”, destaca Orlando Guilhon, integrante da executiva do FNDC. Ele esteve junto com outros representantes de sindicatos e movimentos sociais na Cinelândia, na noite do último dia 27 de agosto. No local, entidades que compõem a Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação (FaleRio), como o Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, fizeram o primeiro ato carioca da campanha.
“Com as nova tecnologias, vivemos um momento de redefinição dos meios de comunicação. Não podemos deixar que o oligopólio das mídias tradicionais tome conta também das novas mídias”, lembra Bruno Cruz, diretor do Sindicato dos Jornalistas. “O que vemos hoje são dois ou três falantes na sociedade”, completa ele. (Aqui, vídeo da manifestação na Cinelândia)
A campanha Para Expressar a Liberdade, que tem como objetivo maior o Marco Regulatório das Comunicações, busca fazer com que a diversidade de visões na sociedade brasileira seja refletida também nos meios de comunicação. O momento é de ir atrás da “igualdade também nas condições para expressar a liberdade”, diz a apresentação da campanha.
Confira aqui o cordel A peleja comunicacional de Marco regulatório e Conceição Pública na terra sem lei dos coronéis eletrônicos, criado por Ivan Moraes Filho, com mote de João Brant e contribuições de Ricardo Mello.
Mais sobre a campanha aqui.