A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), a Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) protocolaram sexta-feira (26/10) pedido de audiência com o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, e com o presidente do Conselho Nacional de Educação, José Fernandes de Lima.
Confira a íntegra da carta aqui.
As entidades buscam esclarecimentos sobre a Proposta de Diretrizes Curriculares para Cursos de Graduação em Jornalismo, que há três anos se encontra para aprovação no Conselho Nacional de Educação (CNE). Ao mesmo tempo, lançaram Carta Aberta pela sua imediata aprovação.
A proposta de novas diretrizes curriculares para os cursos de Jornalismo foi entregue oficialmente ao MEC em 18 de setembro de 2009. Foi elaborada por uma Comissão de Especialistas nomeada pelo próprio MEC e presidida pelo professor José Marques de Melo. O processo de elaboração envolveu uma consulta pública pela internet e três audiências públicas com participação de profissionais, professores, estudantes, setores empresárias e entidades da sociedade civil.
Após o encaminhamento da proposta pelo MEC à CNE, a Câmara de Ensino Superior do órgão promoveu nova audiência pública sobre o tema, em outubro de 2010. “Representantes da Fenaj, do FNPJ, da SBPJor, da Intercom, dentre outras entidades e organizações presentes, praticamente de forma unânime, defenderam a Proposta elaborada pela Comissão de Especialistas e pediram sua rápida aprovação. Apenas alguns poucos representantes de setores não específicos do Jornalismo questionaram a necessidade de diretrizes específicas”, argumenta a Carta Aberta lançada pelas quatro entidades.
No documento as entidades reafirmam a compreensão de que tal proposta constitui um significativo avanço em relação às matrizes curriculares em vigor, foi elaborada em um amplo e democrático processo e que “sua implantação nos mais de 400 Cursos de Jornalismo brasileiros representará, sim, a tão reivindicada e necessária melhora de qualidade na formação dos jornalistas profissionais”.
“Não conseguimos entender por que a aprovação da proposta está demorando tanto. Em outros momentos já foram solicitados esclarecimentos ao MEC e ao CNE, sem que tivéssemos uma resposta concreta”, registra Valci Zuculoto, diretoria da Fenaj.
Por este motivo, explica, as entidades signatárias da Carta Aberta aguardam o agendamento de audiência com o ministro da Educação e com o presidente da CNE para apresentarem suas preocupações e a situação da formação superior em jornalismo. As quatro entidades consideram que as atuais diretrizes curriculares, em vigor desde 2001, já se encontram defasadas.
Fonte: Fenaj