Sexta-feira, 30 de novembro. O auditório do Sindicato dos Jornalistas está superlotado, na última reunião do ano da Comissão de Ex-Empregados da Bloch Editores. São mais de 150 trabalhadores. A expectativa é de que, em janeiro, aqueles que receberam a primeira parte da correção monetária sejam avisados pela massa falida sobre novo pagamento.
Enquanto isso, 1.800 ex-funcionários da Bloch Editores obtiveram vitórias na Justiça em busca de salários e benefícios não pagos pela empresa, que foi responsável por importantes revistas, como Manchete e Fatos e Fotos.
A Comissão de Ex-empregados divulgou duas listas durante a reunião. Numa delas constam 79 nomes de trabalhadores que têm pagamento do valor principal dos processos já liberados pela massa falida, mas que ainda não providenciaram a retirada desses pagamentos. Eles devem ir ao cartório da 5ª Vara Empresarial (no sétimo andar da Av. Erasmo Braga, 115) em busca do mandado para os valores devidos. Confira a lista aqui.
Em outra relação estão 43 nomes. São ex-funcionários que receberam o crédito principal depois de 30 de abril deste ano, e que começam a ter parte da correção monetária depositada a partir de fevereiro. Segundo a Comissão de Ex-empregados, eles devem ser comunicados pela massa falida sobre estas movimentações em janeiro. Confira aqui os nomes.
“Além disso, há ainda cerca de 700 trabalhadores que devem comparecer à agência do Banco do Brasil, na Avenida Graça Aranha 170, para receber parte da correção monetária até o dia 21 de dezembro”, lembra José Carlos Jesus, presidente da Comissão de Ex-empregados. Depois desta data, o valor deve ser retirado via cartório da 5ª Vara Empresarial. Após o recesso da Justiça, em janeiro, uma lista será divulgada com os nomes no site do Sindicato dos Jornalistas.
Durante a assembleia também foram discutidos os resultados de uma reunião de representantes dos ex-empregados com a síndica da massa falida, Luciana Trindade Pessoa da Silva, e com o contador, João Corrêa de Alkmim, quando foi feito balanço financeiro do espólio da Bloch Editores.
Segue ainda em discussão, no Superior Tribunal de Justiça sob julgamento da ministra Isabel Gallotti, o direito de herdeiros de Adolpho Bloch terem acesso a valiosas obras de arte antes de irem a leilão. A massa falida não concordou com esta decisão inicial, da Justiça carioca. A venda de esculturas e pinturas que ornavam as dependências da empresa deve ser destinada a pagamento de direitos trabalhistas dos profissionais que fizeram parte da história da imprensa brasileira nas revistas da Bloch Editores.