O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio vai enviar ofício, na segunda-feira (17/12), ao comando-geral da Polícia Militar do Estado, pedindo agilidade na investigação do caso de agressão a jornalista Mariana Albanese. Um CD, com vídeo em que a profissional aparece sendo empurrada por um oficial da corporação, na favela do Vidigal, foi anexado ao documento.
*Atualização: o ofício foi protocolado na sede da Polícia Militar, no Centro do Rio, na manhã desta segunda-feira (17/12).
Clique aqui para ler na íntegra o ofício que será enviado pelo Sindicato à PM.
Em nota divulgada na quinta-feira (13/12), pela própria Polícia Militar, o caso foi relatado como se Mariana tivesse agredido primeiro, inclusive com xingamentos. As imagens feitas por moradores revelam que a jornalista, responsável por um blog sobre a comunidade, gravava a ação policial com seu celular quando recebeu tapa de um policial. Com isso, o celular, seu instrumento de trabalho, foi danificado.
Esta situação aconteceu durante a tentativa de demolição de uma quadra na favela para extensão da sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local. Policiais, segundo a corporação, teriam sido chamados para conter manifestação de moradores. Mariana, que vive no Vidigal, foi encaminhada à 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea, e autuada por desacato. Representantes do Sindicato dos Jornalistas foram ao encontro da profissional, na própria DP, para prestar o apoio necessário. Mariana foi liberada no fim da tarde de quinta-feira.
No ofício encaminhado à Polícia Militar, é solicitado que a apuração interna prometida pela UPP, para verificar abuso de conduta, seja feita com urgência. Ao impedir a jornalista de gravar o protesto, “o policial demonstra que a corporação pode ter atitudes a esconder no trato com moradores da favela”, afirma o texto.
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Clique aqui para ler na íntegra o ofício enviado pelo Sindicato à PM.