Nota Sindicato dos Jornalistas: explosão na OAB-RJ

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia veementemente o atentado com artefatos explosivos colocados no prédio da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional fluminense (OAB-RJ), na última quinta-feira (7/3). É importante lembrar que o local já sofreu atentado a bomba durante o período da ditadura militar, em agosto de 1980, quando a secretária Lyda Monteiro da Silva foi morta. E agora a OAB volta a ser alvo justamente quando a democracia brasileira começa a elucidar crimes cometidos pela ditadura nos anos de chumbo e Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ, será indicado para presidir a Comissão da Verdade do Estado do Rio de Janeiro.
Este ato, uma tentativa de intimidação, não irá frear a instalação das comissões pelo país nem esmorecer os que se empenham em trazer a verdade sobre o período da ditadura militar.
Os jornalistas desejam a Wadih Damous, e aos demais membros da comissão, força e sabedoria para, finalmente, desmascarar os autores da violência cometida contra a população do estado pelos agentes da repressão.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
A seguir, informe divulgado pela OAB-RJ no dia 7 de março de 2013.
A OAB/RJ esclarece:
1. Hoje, por volta das 15h50, um artefato, lançado das escadas entre o 8ª e o 9ª andar no prédio localizado à Avenida Marechal Câmara, 150, Centro, explodiu, sem causar danos ou ferimentos em qualquer dos funcionários da seccional fluminense da Ordem.
2. Logo em seguida, o presidente da seccional fluminense, Felipe Santa Cruz, recebeu um telefonema do comando o Corpo de Bombeiros avisando que havia recebido uma denúncia sobre a existência de três bombas que teriam sido “plantadas” na sede da OAB/RJ.
3. Por orientação dos bombeiros, o presidente da OAB/RJ recomendou que os funcionários abandonassem o prédio à espera da chegada do Esquadrão Antibombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
4. Os fatos serão investigados pela Delegacia Anti Bombas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
5. A OAB/RJ aguarda a análise técnica do artefato e a investigação para se pronunciar.
Felipe Santa Cruz
Presidente da OAB/RJ