A editora Impala está para Portugal como a editora Abril está para o Brasil. Títulos dos mais variados assuntos são publicados mensalmente. Algumas revistas vendem milhares de exemplares por semana. É um império. Porém, desde que a Europa se viu afundada na crise econômica, a empresa lusitana passa por dificuldades.
Como consequência, a filial brasileira – que prepara matérias sobre celebridades no embalo das novelas da Rede Globo por lá – sofreu cortes de pessoal, de benefícios e está com os salários atrasados há um mês e meio. “A situação é horrível e não há luz no fim do túnel”, relata um dois oito empregados da Impala no Rio de Janeiro.
Para o dia 28 de março, atendendo à solicitação do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, o Ministério do Trabalho e Emprego marcou mesa-redonda com a editora. Na ocasião, a empresa terá que se explicar e propor solução imediata. O caso também foi levado ao Ministério Público do Trabalho.
O Sindicato dos Jornalistas do Rio ainda entrou em contato com o presidente do Sindicato da categoria em Portugal, Alfredo Maia. Ele lembra que a empresa vem reduzindo seus quadros funcionais na Europa desde 2010. “Em média, são duas demissões coletivas por ano”, conta o jornalista. Além disso, a Impala deixou de publicar várias revistas.
“Nessas demissões coletivas, as indenizações trabalhistas têm sido pagas de forma parcelada, muitas delas em prestações superiores a 24 meses”, relata Maia. “Embora em parcelas mensais, os pagamentos das compensações têm sido cumpridos pela empresa”, completa.
No Rio, os empregados também não têm seu FGTS depositado, e o décimo-terceiro foi pago apenas pela metade. A expectativa é que o problema seja solucionado a partir da reunião no Ministério do Trabalho.
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