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terça-feira, novembro 26, 2024
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Demissões em resposta às desonerações

O cenário de demissões e sucateamento das redações de TV se acentua justamente no momento em que os barões do setor são beneficiados por uma grande desoneração de impostos. O governo federal anunciou, em março, corte de R$ 6 bilhões, até 2016, em tributos como PIS/Pasep, Cofins e IPI. O objetivo é dar mais agilidade à cobertura de Internet no País – algo que cai como uma luva para os empresários de conglomerados de comunicação.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (foto), a expectativa é que o Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPNBL-Redes) estimule as empresas de telecomunicações a antecipar até 2016 aproximadamente R$ 18 bilhões em investimentos. Porém, a pergunta que fica é: a quem isso serve de fato?
“Os impostos no Brasil são muito altos realmente. Mas para ter direito ao corte de tributos, as empresas beneficiadas precisariam estar em dia com suas obrigações sociais, como ser eficientes em suas gestões e não cortar funcionários em nome de qualquer crise fictícia”, expõe o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schröder.
Ao mesmo tempo que bebem dessas políticas empresariais da União, as teles rejeitam peremptoriamente qualquer proposta de regulação dos meios de comunicação. “É uma contradição: se eles se beneficiam, devem também se submeter a políticas públicas”, completa o presidente da Fenaj.
A desoneração anunciada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, era esperada anteriormente. Porém, acórdão do Tribunal de Contas da União travou as mudanças.
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Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Com informações da Agência Brasil

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