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terça-feira, novembro 26, 2024
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Ministério Público investiga demissões na Rede Record

O Ministério Público do Trabalho, após receber denúncia do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Radialistas, iniciou procedimento para apurar demissões injustificadas na TV Record e no RecNov – os estúdios de novelas e programas da emissora.
Na última quarta-feira (12 de junho), em reunião com o diretor do Sindicato dos Jornalistas Nelson Moreira e o presidente do Sindicato dos Radialistas, Miguel da Costa, a procuradora do trabalho Lúcia de Fátima dos Santos foi informada em detalhes da situação das duas empresas. Desde outubro do ano passado a Record e o RecNov já demitiram cerca de mil empregados sem nenhuma justificativa.
O Grupo Record dispensou, também a partir de outubro, mais de 50 jornalistas, incluindo PJs, e aproximadamente 900 radialistas, apesar de anunciar lucro recorde no ano passado. O caso representa claro exemplo de demissão imotivada com graves repercussões sociais. E o pior é que, numa postura autoritária e incompatível com o Estado democrático, a empresa recusa-se a receber os legítimos representantes das duas categoria.
Na reunião no Ministério Público, a procuradora do trabalho Lúcia de Fátima dos Santos aceitou o pedido dos trabalhadores para buscar uma intermediação com a Record. Esse é um passo importante para acabar com as demissões imotivadas, exigir compensações para os trabalhadores e denunciar o processo de precarização das relações de trabalho através da contratação de PJs para substituir os dispensados e da terceirização da atividade-fim.
Esta foi a segunda reunião entre a Procuradoria do Trabalho e os dois sindicatos. Em março, após série de manifestações das entidades diante da sede da Record, em Benfica, o procurador Carlos Augusto Sampaio Solar recebeu representantes sindicais.
LEIA MAIS: Acompanhe o histórico das demissões e ações sindicais sobre a Rede Record

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