O contexto atual do jornalismo é fortemente marcado, a partir do surgimento da internet e das mídias sociais, pela reorganização do espaço dedicado às plataformas mais antigas: rádio, televisão e impresso. E desde então, alguns meios de comunicação têm fechado as portas e outros estão passando por “reestruturações” que redundam em demissões de profissionais e precarização das condições de trabalho.
É necessário reagir defendendo de maneira rápida e precisa os direitos que a categoria conquistou em sua história: jornada de cinco horas, décimo terceiro, férias, horas extras, descanso semanal remunerado, cumprimento da convenção coletiva de trabalho e etc. Mas, além disso, precisamos avançar na conquista de novos direitos, visto que as novas tecnologias e o ritmo de trabalho exigido pelas empresas para dar resposta às novas mídias estão submetendo os profissionais da comunicação a jornadas tão extensas e intensas que comprometem a saúde dos jornalistas.
O clima nos locais de trabalho é um fator muito importante na hora da negociação da convenção coletiva de trabalho. Com um envolvimento e participação maior dos colegas através das novas tecnologias da informação e da comunicação, a complementaridade entre as necessidades expostas pelos jornalistas nos locais de trabalho e as reivindicações colocadas pelos sindicalistas na mesa pode exercer uma pressão sobre os patrões capaz de sensibilizá-los a ceder em favor da categoria.
PROPOSTAS
1) Usar o espaço das mídias sociais como uma assembleia virtual permanente para ampliar o contato com os jornalistas durante negociação da convenção coletiva.
2) Abrir um amplo debate sobre o impacto das tecnologias da informação na profissão em busca de mecanismos que reconheçam e remunerem as novas rotinas de trabalho dos jornalistas.
3) Combater o acumulo de função. O adicional por acumulo foi retirado da convenção há dois anos em parte para não incentivar a prática, em parte porque a maioria dos patrões não respeitava e a fiscalização é difícil. Mas de lá para cá a situação não melhorou e os jornalistas continuam sofrendo com dupla ou tripla função. É preciso criar ferramentas para fiscalizar e impedir a prática.
4) Lutar pela inclusão dos jornalistas na última faixa do Projeto de Lei do Piso Salarial Regional do Estado do Rio o que representaria hoje um piso de R$ 2.047,58 para cinco horas e R$ 3.276,12 para sete horas.
5) Aprofundar a parceria e ampliar o número de ações conjuntas com os sindicatos da área da comunicação, sobretudo com o dos radialistas.
6) Intensificar a tática de realização de mesas redondas no Ministério do Trabalho e as denúncias de descumprimento da lei por parte dos patrões ao Ministério Público do Trabalho.
CHAPA 1: LINHA DIRETA COM JORNALISTAS
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