O Sindicato dos Jornalistas do Rio, a OAB, o Grupo Tortura Nunca Mais e o Instituto Mais Democracia deram o primeiro passo para a criação da Comissão da Verdade dos Jornalistas do Rio, em reunião na quinta-feira (03/10), no Sindicato.
Entre as iniciativas está o trabalho de pesquisa e investigação de casos sobre os profissionais de imprensa censurados, perseguidos, demitidos, presos, torturados e exilados, que será realizado por meio de uma força-tarefa, com o apoio de professores e alunos de Comunicação de universidades do Rio e advogados da OAB.
As primeiras informações a serem levantadas pela Comissão tratarão de jornalistas vítimas da ditadura no período de 1964 a 1985 e relatos de fatos de jornais, revistas e outros meios de comunicação fechados no período de 1964 a 1985. Todos os dados servirão também de acervo para a instalação de um centro de memórias sobre a imprensa e a repressão da ditadura militar a ser organizado pelo Sindicato.
Os casos de colaboração com a ditadura envolvendo as empresas de comunicação poderão ser relatados, desde que devidamente documentados.
A Comissão da Verdade dos Jornalistas irá trabalhar integrada com a Comissão da Verdade do Rio e a Nacional. O relatório a ser produzido será enviado à Secretaria da Fenaj.
Além da presidente do Sindicato Paula Máiran e do vice Randolpho Silva de Souza, participaram da reunião o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Aderson Bussinger; o representante do Grupo Tortura Nunca Mais, jornalista João Costa; e o representante do Instituto Mais Democracia, jornalista Carlos Tautz. A próxima reunião está marcada para 16 de outubro.