A luta pelo piso salarial dos jornalistas do Rio será uma das principais bandeiras a serem empunhadas pelo Sindicato nas campanhas de rádio e TV e e jornais e revistas deste ano. Os profissionais da cidade não contam hoje com essa proteção, que garantiria um valor básico obrigatório a ser pago pelas empresas. Sem esse amparo, os jornalistas cariocas estão submetidos à vontade dos patrões, que optam pelos menores valores.
O único recurso do Sindicato para balizar a remuneração da categoria atualmente é o salário mínimo profissional, hoje em R$ 4.927 para uma jornada de cinco horas diárias. Mas a cifra serve apenas como referência e não é suficiente para melhorar os salários nas redações da cidade. Se o piso salarial for incluído na convenção coletiva, o Sindicato terá uma forma mais efetiva de cobrar as empresas.
A assembleia do dia 14 de janeiro decidiram que o valor do piso a ser levado para a mesa de negociação com os patrões deve seguir os R$ 4.927 indicados pelo salário mínimo profissional.
A conquista do piso salarial corrige uma distorção séria no jornalismo nacional. Apesar de abrigar um dos maiores mercados de trabalho para jornalistas do país, somente o Rio não tem um piso salarial estabelecido para esses profissionais entre as grandes cidades brasileiras, como São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Confira a tabela da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que compila todos os pisos salariais pagos no Brasil em http://bit.ly/pisosalarialja.