Morreu na manhã desta quinta-feira a jornalista Albeniza Garcia, primeira mulher a cobrir reportagens de polícia no Brasil, aos 84 anos, de insuficiência respiratória e broncoaspiração. A repórter trabalhou em redações por mais de 50 anos e se consolidou como referência para gerações de jornalistas da imprensa carioca. O Sindicato lamenta a morte de Albeniza e presta solidariedade a seus familiares. O corpo está sendo velado na Capela D, do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. O sepultamento será às 17 horas.
Albeniza era determinada ao ponto de, aos 18 anos, procurar Roberto Marinho em busca de emprego na editoria de polícia do Globo, de acordo com relato no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). O patrão teria achado a jovem franzina de um metro e meio de altura mais apropriada para a cobertura de ‘chás-dançantes ou desfiles de moda’, mas ela foi enfática em dizer que queria a vaga na Repol.
Albeniza ganhou prêmios importantes como o de Direitos Humanos da Sociedade Interamericana de Imprensa, em 1995, pela série de reportagens ‘A infância perdida’, e o Esso, em 1997, por ‘Infância a serviço do crime’. Ela deixa três filhos e quatro netos.