O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro manifesta repúdio a mais um episódio em que um repórter foi impedido de exercer o seu trabalho na cobertura de uma manifestação. Dessa vez, segundo relatos de testemunhas, o profissional, a serviço da Globonews, trabalharia sem identificação e teria sido reconhecido e apontado por midiativistas, que teriam estimulado a sua expulsão de um ato em frente ao Shopping Leblon, neste domingo (19/1). O nosso sindicato não considera aceitável forma alguma de violência ou de cerceamento ao trabalho dos jornalistas. Trata-se de violação aos direitos humanos, à liberdade de imprensa e à democracia. Justamente por defender as lutas populares por direitos e a democratização da comunicação, o nosso sindicato considera um contrassenso qualquer ataque promovido no seio dessas lutas que fira os próprios princípios da livre expressão. Jornalista não é patrão e não pode ser responsabilizado pelas linhas editoriais dos veículos para os quais trabalha. Além de um Grupo de Trabalho criado na Câmara a partir de audiência pública realizada em novembro, o Sindicato, junto de diversas entidades de direitos humanos, solicita neste momento audiência pública na OEA para denunciar toda forma de violação de direitos humanos que ocorre na atualidade no Rio e em nosso país, contra a população e contra os jornalistas. O Sindicato também cobra das empresas mais compromisso com a garantia da segurança de seus funcionários. Neste momento, negociamos com os sindicatos patronais, inclusive, a atualização das cláusulas do acordo trabalhista referentes à segurança dos trabalhadores.