ONDE ESTÁ O AMPLO debate público, promovido pela imprensa brasileira, inclusive na internet, sobre os resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que em 2016 investigou as mortes violentas de jovens negras e negros no Brasil?
Este é o tema do seminário denominado “Genocídio da juventude negra: o que o jornalismo tem a ver com isso”, que acontecerá em 5 de dezembro, entre 17h e 21h, com entrada franca, no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, promovido pela sua Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira/SJPMRJ), na Rua Evaristo da Veiga, 16/17º andar, Cinelândia.
O objetivo do evento é debater o grave fato investigado pela CPI e que historicamente marca a juventude negra com o estereótipo que a associa à violência criminal no Brasil. Atualmente, de cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas da Violência 2017, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados do que brasileiros de outras raças, já descontado o efeito da idade, escolaridade, do sexo, estado civil e bairro de residência. Na avaliação da Cojira, a imprensa precisa discutir a relação entre raça e violência.
Os convidados para a palestra são: o economista e doutor pela Université Paris I / Sorbonne, Mário Theodoro, atualmente consultor legislativo no Senado Federal, onde acompanha e publica trabalhos sobre a questão racial e o mercado de trabalho e a jornalista Gabriela Roza, da Agência Pública, editora do Jornal Nuvem Negra e integrante do grupo de pesquisa Comunicação, Internet e Política da PUC-Rio. Na mediação, a coordenadora da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (Abia), presidente da Comissão de Ética (SJPMRJ) e integrante da Cojira-Rio, Angélica Basthi.
O evento integra as atividades de contrapartida social da entidade sindical, bem como representa a continuidade das ações ininterruptas da Cojira-Rio, que desde 2003 promove debates e a conscientização, entre os jornalistas, sobre a questão racial relacionado com o jornalismo.
Destacamos que no ano de 2017 comemoramos os 20 anos do reconhecimento oficial de Zumbi dos Palmares como herói nacional. A sua elevação ao Panteão dos Heróis Nacionais pelo Estado brasileiro foi a maior honra e reconhecimento formais de sua importância para a História do Brasil.
Programação
17h – Exibição do curta Chico (2016)
18h – Mesa do evento
19h – Debate com o público
21h – Encerramento
Serviço
O quê? Genocídio da Juventude Negra: o que o jornalismo tem a ver com isso?
Quem? Mário Theodoro (economista) e Gabriela Roza (jornalista)
Mediação? Angélica Basthi (Cojira)
Quando? 5 de dezembro de 2017
Horário? 17h às 21h
Local? Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar, Cinelândia, Centro do Rio, no Sindicato dos Jornalistas.
Entrada Franca
Evento no Facebook