Aplicação do piso estadual sobre o salário dos jornalistas

A partir de 1º de fevereiro de 2018 já deveriam estar em vigor os acordos salariais dos jornalistas de radio, TV e jornalismo impresso.
O ponto de partida para a negociação de 2018 foi a pauta de reivindicações entregue no final do ano passado dezembro aos sindicatos patronais de cada setor.
A negociação do Sindicato dos Jornalistas com o Sindicato patronal de Rádio e Tv já teve onze reuniões, sem que se chegasse a um acordo.
Com o Sindicato dos Jornais e Revistas a negociação emperrou no recebimento da proposta, em dezembro de 2017, sem que obtivéssemos qualquer manifestação por parte do patronato.
Vale lembrar que a pauta de reivindicações foi construída a partir de uma pesquisa com a categoria e referendada através de assembleias itinerantes nas várias empresas, e também na sede do sindicato. Nela foi proposto um piso único de rádio e TV, no valor de R$ 1.900,00 e de R$ 3.600,00 para jornalismo impresso.
Nesse meio tempo, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) aprovou um piso estadual de R$3.040,00 para os jornalistas.
Ora, segundo a nova lei trabalhista de 2017, “o acordado prevalece sobre o legislado”. Caso já tivéssemos assinado os Acordos Salariais, valeriam aqueles pisos propostos nas pautas de reivindicações.
Como até o momento esses acordos não foram assinados,valeria o piso estadual (legislado).
O que está acontecendo: os RHs das empresas estão alegando que existe um “acordo do Sindicato” onde o piso foi estabelecido. Isso não é verdade, pois o que existe é uma “pauta de reivindicações”, que ainda está em negociação.
Cabe agora à categoria pressionar para que o piso das pautas de reivindicação sejam aqueles que melhor atenderem aos anseios da categoria.
Isso só acontecerá se houver a pressão dos jornalistas, nas redações, e o comparecimento nas assembleias que definirão a nova proposta de piso.
Voltamos a afirmar que sem o apoio e a pressão da categoria, o Sindicato sozinho não obterá o cumprimento do Piso Estadual nem outro qualquer, como piso dos jornalistas para 2018.