O sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro realizou, no último dia 15 de janeiro, uma reunião com jornalistas da Editora Globo, a pedido dos mesmos. O encontro tratou de problemas relativos à implementação do ponto eletrônico na empresa.
A questão mais grave que nos foi relatada, e que tem gerado mobilização na redação, é o fato de que folgas e vendas de férias têm sido computadas pelo sistema implantado como faltas, razão pela qual os trabalhadores têm se recusado a assinar as folhas de ponto. Parece que em rescisão recente, um funcionário da empresa teria tido descontados esses dias que apareciam indevidamente como faltas na sua folha de ponto.
Um outro problema registrado pelos trabalhadores da Editora Globo é o não pagamento de hora extra quando eles não tiram a intrajornada. Além disso, tem também a questão do não pagamento das horas extras devidas pela empresa depois do fim do prazo para sua compensação com folgas. Os trabalhadores têm ficado no prejuízo com relação a ambos os quesitos, que fazem parte da convenção coletiva assinada pela empresa.
Acreditamos que o ponto eletrônico é uma ferramenta importante de controle de jornada, tanto para a empresa quanto para os trabalhadores. No entanto, há de se ter a clareza de que uma empresa de comunicação tem um funcionamento diferente de um escritório ou repartição administrativa: há jornada diferenciada, escalas, plantões, jornadas de trabalho aos fins de semana e feriados. O sistema de ponto implementado deve, dessa maneira, atender às especificidades da área.
Em função das questões apresentadas, o sindicato enviou ao Recursos Humanos da empresa um pedido de reunião para que possa contribuir para a solução dos problemas. A reunião está confirmada para o dia 27/01/2020.