Nem mesmo a morte do editor de imagens José Augusto Nascimento e Silva, o Naná, vítima da Covid-19, foi suficiente para que a Vigilância Sanitária interditasse o prédio do SBT, foco de contaminação do coronavírus. Na fiscalização realizada quarta-feira, dia 15/4, dois dias após a morte de Naná, a Vigilância considerou que não havia qualquer problema.
Mas a luta não vai parar. O nosso Sindicato, numa ação conjunta com os sindicatos de jornalistas e radialistas de São Paulo e de Brasília, mais a ABI, fez a denúncia ao Ministério Público do Trabalho e vai à Justiça para interditar o prédio e obrigar o SBT a transferir os profissionais para um local adequado.
Mas a luta não vai parar. O nosso Sindicato, numa ação conjunta com os sindicatos de jornalistas e radialistas de São Paulo e de Brasília, mais a ABI, fez a denúncia ao Ministério Público do Trabalho. E agora vai à Justiça para interditar o prédio e obrigar o SBT a transferir os profissionais para um local adequado
PRIMEIRAS ORIENTAÇÕES
Tão logo foi decretada a quarentena no Rio, o SJPMRJ encaminhou ofício aos sindicatos patronais cobrando a adoção das medidas preconizadas pela OMS para garantir a segurança e a saúde dos jornalistas nos locais de trabalho. Cobramos, inclusive, a imediata implantação das Comissões de Segurança nas redações. No dia 6 de abril, o Sindicato encaminhou um novo ofício, desta vez dirigido diretamente ao SBT, de onde vinha a maior parte das denúncias, e às demais empresas pedindo o número de trabalhadores contaminados. No mesmo ofício, o Sindicato cobrou, em caráter de urgência:
• Desinfecção diária das redações.
• Fornecimento de EPI para todos os profissionais (máscaras, luvas) e fornecimento de álcool em gel.
• Desinfecção dos equipamentos e das viaturas após o uso de cada equipe.
• Transporte isolado, tipo Uber ou táxi, no deslocamento entre a residência e a redação.
• Assistência médica, social e psicológica aos infectados, via plano de saúde ou não.
• Contratações emergenciais para suprir temporariamente as funções dos afastados pelo Covid-19.
RESPOSTA DO SBT
A direção do SBT respondeu (8/4) que todas as medidas recomendadas pela OMS estavam sendo tomadas, que havia fornecimento de EPI e álcool em gel, os equipamentos eram higienizados a cada duas horas e a redação três vezes por semana. Uma semana depois, Naná morria.
O SINDICATO EXIGE RESPOSTAS
Diante do agravamento da situação, o SJPMRJ está encaminhando novo ofício aos sindicatos patronais de radiodifusão e do setor impresso. Cobramos resposta às seguintes perguntas:
• As empresas estão custeando a realização de testes para os funcionários, dentre outras medidas de assistência médica? Se sim, esse custeio é via plano de saúde da empresa?
• Quantos empregados atestaram positivo para o Covid-19?
• Quantos deles são jornalistas?
• Quando foi registrado o primeiro caso e em qual empresa?
• Qual o protocolo adotado quando um empregado atesta positivo?
• Quantos estão afastados de suas funções? Quantos estão em casa? E hospitalizados?
• Quantos estão em home office? Quantos fazem parte de grupos de risco?
OS JORNALISTAS MERECEM RESPEITO. O LOCAL DE TRABALHO NÃO PODE AMEAÇAR A SAÚDE DO JORNALISTA.