Depois de oferecerem índices de reajuste que não contemplam sequer a inflação do período, as empresas de radiodifusão e de jornais e revistas resolveram cozinhar a campanha em fogo lento.
Na quarta, 14 de abril, véspera do prazo definido pelas próprias empresas de radiodifusão para uma reunião, o Sindicato patronal enviou ofício informando o seguinte:
“Não foi possível para as empresas aceitar as condições propostas V.Sas. no email do dia 01/04/2021, uma vez que representam um aumento significativo sobre a folha de pagamento das empresas, inexequível na atual conjuntura.
Propomos a continuidade das negociações diretas, com agendamento da próxima reunião para o dia 26/05/2021, às 11h, de forma que o cenário das negociações esteja mais claro, possibilitando a evolução das discussões para efetiva assinatura da CCT 2021/2022.
Por oportuno, recordarmos que a CCT 2020/2022 continua vigente.”
Já as empresas do setor de impressos nem se deram ao trabalho de enviar qualquer ofício. Em resposta às cobranças feitas pelo nosso Sindicato, via telefone, informaram que ainda não têm uma resposta sobre a contraproposta aprovada pelos trabalhadores na assembleia de 23/3. Mas, uma coisa é certa: não querem pagar o retroativo.
O Sindicato lembra que insistimos com o setor de radiodifusão por uma reunião antes do dia 15/4. Sugerimos datas. A mesma coisa com o setor de impressos. Nos contatos telefônicos argumentamos que a situação dos trabalhadores, considerados essenciais e permanentemente expostos ao risco na pandemia, com certeza é muito mais grave que a das empresas. Em resposta, estas simplesmente decidiram empurrar com a barriga.
Repudiamos essa atitude e reafirmamos a necessidade de mobilização por parte da categoria. Além dos patrões apresentarem uma proposta que não recupera nem 50% da inflação, se recusam a negociar cláusulas relacionadas ao home office, quando muitos trabalhadores, hoje, têm que arcar com os custos desse trabalho.
Participe da assembleia de 27 de abril e convide seus colegas. Para receber o link envie e-mail para sindicato-rio@jornalistas.org.br informando nome completo, CPF, identificação da empresa, celular.
A situação é difícil, mas a mobilização é fundamental.