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quinta-feira, novembro 21, 2024
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SINDICATO COBRA DAS EMPRESAS A VOLTA AO TELETRABALHO

Com o tsunami da Ômicron e o aumento de contágio nas redações, o Sindicato enviou, no início desta semana, ofício às empresas cobrando a adoção de medidas urgentes como o retorno imediato ao home office, a testagem em massa e o fornecimento de máscaras PFF2 e álcool em gel para quem permanecer no trabalho presencial, além do indispensável distanciamento nas redações.

Os ofícios foram enviados para SBT, TV Globo, Band, TV Record, Rede TV, CNN Brasil, EBC, Editora Globo, Editora O Dia, Estado de São Paulo e Câmara Municipal.

Em resposta, a EBC afirma que tem feito assepsia dos ambientes, higienização de estúdios, redações e veículos; aferição de temperatura e realização de exames laboratoriais para quem teve contato com contaminados. Segundo a diretoria da empresa, até agora não houve necessidade de alterar a resolução sobre o trabalho presencial, que prevê revezamento em dias alternados e manutenção de quantitativo mínimo.

Já a TV Record diz que “as inúmeras notificações recebidas por este Sindicato infelizmente são desnecessárias e improdutivas, na medida em que atualmente esta emissora passa por verificações junto ao Ministério Público do Trabalho decorrentes de ‘denúncias’ realizadas por esta mesma entidade a respeito do mesmo tema aqui abordado, qual seja, as medidas de combate à pandemia”. Depois de criticar o Sindicato por fazer o trabalho que lhe compete como entidade sindical em defesa dos interesses dos trabalhadores, a Record informa que está atendendo os protocolos exigidos, incluindo teletrabalho, testagem, aferição de temperatura e afastamento dos contaminados. E se compromete a manter as medidas necessárias.

O Estado de São Paulo informa que desde o início da pandemia os jornalistas da sucursal estão em teletrabalho e que “no final de 2021 foi estabelecido Plano de Retorno gradual ao trabalho presencial, com ampla participação dos empregados, cuja implementação se encontra suspensa por prazo indeterminado em face do aumento de casos de contaminação pela variante Omicron, de modo que os profissionais da Sucursal do Rio de Janeiro continuam realizando suas atividades funcionais remotamente”.

Confira a íntegra do ofício encaminhado pelo Sindicato:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) tomou conhecimento de que há na empresa vários casos de trabalhadores infectados por Covid-19.

Considerando o recente agravamento da contaminação na cidade do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Jornalistas quer saber quais as medidas sanitárias preventivas e adicionais que a empresa vem adotando para garantir a saúde das equipes, tais como distanciamento nas redações e testagem para os que tiveram contado com infectados.

De imediato, sugerimos a retomada do teletrabalho e o revezamento das equipes em trabalho presencial. Para as equipes que continuarão nas ruas, é fundamental que sejam disponibilizadas máscaras PFF2/N95, o fornecimento de álcool em gel 70% e que se garanta o distanciamento necessário dos entrevistados. A empresa deve orientar os repórteres a evitarem entrevistar pessoas sem máscaras, em especial nas filas de testes e de vacinação.

Além disso, para garantir o traslado seguro dos trabalhadores, sugerimos que haja ressarcimento das despesas de transporte individual para os que moram distante da empresa.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro aguarda esclarecimentos urgentes quanto às medidas efetivas que estejam sendo implantadas.

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