Na terceira rodada de negociações, realizada dia 22/2, as empresas “aumentaram” o percentual de reajuste de 4% para 5%. Mas, exatamente como fizeram com os colegas de São Paulo, parcelaram o reajuste: 3% a partir do mês da assinatura da CCT/2022 e o restante, para completar os 5%, pagos em até 90 dias após a assinatura da CCT/2022.
Pior: o reajuste de 5% no valor dos benefícios, como tíquete alimentação e auxílio creche, só será pago 90 dias após a assinatura do acordo.
Uma proposta dessas, sob a alegação de que a pandemia está “impondo às empresas um custo significativamente alto com a prevenção da transmissão do Covid-19 no ambiente de trabalho”, é um deboche e um desrespeito.
O setor de radiodifusão tem lucrado com a pandemia. A audiência dos telejornais aumentou extraordinariamente e isso graças ao trabalho incessante e primoroso dos jornalistas. Fomos chamados a oferecer informação qualificada 24 horas por dia e estamos cumprindo essa tarefa. Um reajuste salarial digno é o mínimo que as empresas podem oferecer para mostrar que valorizam o que estamos produzindo.
Ontem mesmo, 22/2, fizemos uma plenária unificada de jornalistas do Rio e São Paulo e aprovamos um calendário de lutas. Não vamos aceitar migalhas! Queremos, no mínimo, a inflação integral do período.
Jornalistas do Rio e São Paulo juntos por dignidade e respeito
IMPRESSO
O Sindicato patronal do segmento de impressos informou que agendará a primeira reunião de negociação nas próximas semanas. A justificativa para o atraso no início da negociação é de que houve mudança na direção do Sindicato e a substituição ainda está dependendo dos trâmites burocráticos.
PLR EDITORA GLOBO
Na segunda-feira, 21/2, o Sindicato realizou assembleia virtual para deliberar sobre a proposta de PLR da Editora Globo. A proposta, de pagamento de 0,50 salários em caso de atingimento de 100% das metas; e de 0,41 no caso de atingimento de 90% das metas, foi aprovada pelos jornalistas empregados da Editora no Rio e em Brasília.