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quinta-feira, novembro 21, 2024
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PARALISAÇÃO HISTÓRICA NA EDITORA GLOBO

Os jornalistas da Editora Globo (jornais O Globo, Extra, Expresso, Valor Econômico) foram protagonistas de uma histórica paralisação na porta da empresa, na tarde de quarta-feira, 8/6. Cerca de 70 profissionais participaram do ato que deixou a redação vazia.

A paralisação também ocorreu na redação de Brasília, uma vez que os jornalistas da Editora Globo no Distrito Federal seguem a Convenção Coletiva do nosso Sindicato.

Os jornalistas exigem reajuste salarial de 10,6% e reposição de 1,5% das perdas inflacionárias. A Editora Globo acena com pífios 4% de reajuste.

O ato começou às 13h. Todos os profissionais vestiam preto contra as arbitrariedades cometidas pela direção da Editora Globo. Ao longo da manifestação, os jornalistas fizeram duas passeatas em volta do quarteirão ocupado pela empresa no Centro do Rio.

No Rio, o Sindicato esteve ao lado dos jornalistas, representado pelos diretores Rosa Leal, Carol Barreto, Orlando Lemos e Felipe Martins. Em Brasília, a diretora Virginia Berriel esteve presente.

EDITORA TENTA ABAFAR PARALISAÇÃO

Em uma manobra que mancha a história e a credibilidade da Editora Globo, a direção tentou abafar a paralisação subindo nos sites dos jornais, nas quatro horas de paralisação, matérias assinadas pelos repórteres que protestavam na porta da empresa.

“Os jornalistas fizeram as matérias frias antes do início do ato e os chefes estavam subindo o material, durante a paralisação, com assinatura do repórter para depois dizer na manifestação que não teve paralisação nenhuma, que não teve adesão”, denunciou jornalista de O Globo ao Sindicato.  Por temer represália, pediu para não ter o nome identificado. 

“Para burlar a paralisação, a direção usou os estagiários para subir as matérias e tentar parecer que a adesão foi fraca. Essa tentativa deles só vai fazer a gente continuar buscando outras estratégias para fazer outras manifestações ainda mais fortes. A redação ficou vazia. Só mostra que a estratégia deles de não conversar não vai funcionar.  Houve adesão em massa de jornalistas e fotógrafos”, completou.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio continuará firme ao lado dos jornalistas na luta pelo reajuste salarial de 10,6% e reposição das perdas inflacionárias. Nosso jurídico analisará a conduta da direção ao tentar esconder a greve. A direção da empresa precisa recuar desta postura arbitrária e voltar à mesa de negociação com uma proposta condizente com o trabalho de profissionais que todos os dias levam ao Brasil informação qualificada.

O próximo ato está marcado para terça-feira, 14/6. Esperamos que até lá a direção da Editora Globo ponha a mão na consciência e conceda os 10,6% de reajuste. Reajuste justo para uma categoria que não parou durante a pandemia, colocando o ofício em primeiro lugar em um momento que a informação profissional foi fundamental contra fake news que levavam milhões de brasileiros a tomar decisões erradas no enfrentamento da Covid-19.

Na terça-feira, 7 de junho, o principal telejornal do Grupo Globo parou por um minuto reconhecendo o papel do jornalista na defesa da liberdade de imprensa. Esperamos apenas que a direção da Editora reconheça o papel dos jornalistas que lá estão oferecendo a justa remuneração pelo trabalho diário na empresa.

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