Sindicato dos Jornalistas

sábado, fevereiro 15, 2025
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CAMPANHA SALARIAL 2025 – NÃO À INTRANSIGÊNCIA PATRONAL! TODOS À ASSEMBLEIA (RÁDIO/TV) DO DIA 12 DE FEVEREIRO!

Em mais uma demonstração de descaso, desrespeito e desvalorização dos jornalistas do Rio, o sindicato patronal e as empresas de comunicação de Rádio/TV mantiveram sua proposta de reajuste abaixo da inflação, oferecendo míseros 4% para a inflação acumulada, medida pelo INPC-IBGE, no período de 1o  de fevereiro de 2024 a 31 de janeiro de 2025, e zero de recomposição das perdas dos últimos anos nos salários e benefícios – além de negar, de forma automática, sem debate, 11 itens da nossa Pauta de Reivindicações.

Como diz a música, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Portanto, vamos fazer acontecer e decidir que rumos tomar diante da intransigência patronal com a realização de uma assembleia virtual no dia 12 de fevereiro, quarta-feira, às 20 horas, para os jornalistas de rádio e TV (o link será enviado no mesmo dia da assembleia). 

EM TEMPO: os patrões do segmento de jornais e revistas ainda não marcaram a terceira rodada de negociação.

Após dois meses de terem recebido a Pauta de Reivindicações dos Jornalistas visando a CCT 2025/2026, o sindicato patronal chegou à terceira rodada de negociação mantendo sua proposta indecorosa, apresentada na segunda reunião e rechaçada em mesa pela Comissão de Negociação do SJPMRJ.

O fato é que entra reunião, sai reunião, e os representantes patronais insistem na cobrança de mudanças na nossa proposta que, segundo eles, está “acima da capacidade” das empresas. Uma piada de mau gosto diante dos números divulgados pelo Dieese, que em um amplo levantamento sobre o setor aponta para uma trajetória consistente desde 2022 – em clara sinalização de recuperação por parte das empresas de comunicação.

O desrespeito aos jornalistas do Rio é tão grande que os patrões chegaram ao cúmulo de dizer em plena mesa de negociação que não são obrigados a repor a inflação e muito menos as perdas salariais. Em um dos seus argumentos, carregado de arrogância, a “inflação não está na pauta das empresas e sim na dos jornalistas”. Um absurdo, como se a inflação não fosse um dos parâmetros mais importantes dentro processo econômico – para todos os agentes, sem exceção.

Será que os gestores das empresas não levam em conta os índices inflacionários na composição dos custos de suas corporações? Claro que sim. O mesmo acontece com os trabalhadores na recomposição das perdas com a inflação que corrói o poder de compra do seu salário. 

Outro argumento igualmente frágil, usado pelos patrões para não atender às reivindicações da categoria, é que com o fim da desoneração da folha de pagamento do setor de comunicação haverá impacto no faturamento das empresas. 

Entretanto, esquecem de maneira muito conveniente que quando gozavam dos benefícios da desoneração, desde 2011, nunca aceitaram discutir esse item na mesa de negociação. Agora, o usam como pretexto para negar o básico aos trabalhadores. 

Só até agosto de 2024, a desoneração resultou em benefícios relevantes para as empresas de comunicação, num total de R$ 462.131.652,31. A Globo Comunicação e Participações foi a maior beneficiada, abocanhando um terço desse valor.

A verdade é que os patrões choram de barriga cheia. E para mudar todo esse quadro, só tem um jeito: a nossa mobilização!

Todos à assembleia do dia 12!
Quem sabe faz a hora!

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