Em assembleia virtual, realizada nesta quarta-feira (12/2), os jornalistas de rádio e TV rejeitaram por unanimidade a proposta do sindicato patronal e das emissoras de comunicação visando a Convenção Coletiva de Trabalho 2025/2026 da categoria. Os jornalistas aprovaram ainda tornar a assembleia permanente e entrar em estado de mobilização.
O grau de descontentamento dos jornalistas à proposta dos patrões ficou claro na assembleia. A decisão pela rejeição foi tirada em pouco tempo, numa demonstração de que a categoria não aceitará as migalhas oferecidas pelo patronato que não chegam nem a cobrir a inflação de 4,17% medida pelo INPC-IBGE, no período de 1º de fevereiro de 2024 a 31 de janeiro de 2025.
Sem dúvida, a intransigência patronal se traduz em um acinte à categoria com o oferecimento de míseros 4%, para reajuste dos salários e zero de recomposição das perdas dos últimos anos nos salários e benefícios – além de negação, de forma automática, sem debate, de 11 itens da Pauta de Reivindicações dos jornalistas.
Importante lembrar que os baixíssimos índices de reajustes oferecidos pela bancada patronal incide também nos seguintes benefícios: Vale-refeição/alimentação; Reembolso auxílio-creche ou babá; Reembolso funeral; Seguro de vida; e Adicional por tempo de serviço.
Na assembleia, a diretoria do SJPMRJ traçou um quadro das negociações desenvolvidas até aqui com o sindicato patronal e as empresas de comunicação, o que serviu para que os jornalistas tivessem uma ampla visão da situação e fossem tiradas quaisquer dúvidas inerentes ao processo na mesa de negociação.
Nesta sexta-feira, dia 14 de fevereiro, acontecerá a quarta rodada de negociação com os patrões. Mais do que nunca é preciso que a categoria esteja mobilizada para que possamos ter força no embate com os patrões. Nesse momento, mobilização e unidade são fundamentais para que nossos direitos sejam respeitados.
