As empresas de radiodifusão e de jornais e revistas enviaram ao Sindicato dos Jornalistas na quarta-feira (19) suas contrapropostas após a retomada da negociação em 18/3. A última reunião com os patrões havia sido realizada há quase 30 dias e o SJPMRJ cobrava a definição de datas para a realização de uma nova rodada de negociação.
Em ambas as mesas de negociação os patrões não se sensibilizaram com relação a um dos principais itens dos jornalistas na sua pauta de reivindicações, simplesmente ignorando qualquer índice a título de aumento real. Uma postura de absoluta intransigência e que dificulta em muito o acordo para o fechamento da campanha salarial.
Veja as contrapropostras dos patrões e venha decidir:
ASSEMBLEIAS
Radiodifusão: segunda-feira (24), às 13h30h e às 20h.
Impresso: terça-feira (25), às 13h30h e às 20h.
RADIODIFUSÃO
A contraproposta apresentada pela bancada patronal ao abrir as negociações foi a pior possível, com a inclusão de um item que excluía a aplicação do reajuste salarial de 4,17% a jornalistas em cargos de direção – um verdadeiro absurdo! A proposta, imediatamente rechaçada pelos diretores do Sindicato, foi retirada da mesa.
De concreto, na contraproposta patronal dos representantes de rádio e TV, além do reajuste de salários e benefícios pelo INPC acumulado de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025 (4,17%), já apresentados, um abono de 8,34% a título de compensação (a retroatividade do índice à data-base, 1º de fevereiro, continua de fora) e um pequeno aumento real no vale alimentação, que passaria de R$ 660,00 para R$ 690,00 (o índice de reajuste chegaria a 4,5%).
IMPRESSO
Os representantes do sindicato patronal e da Editora Globo recuaram em relação à proposta anterior e garantiram reajuste de salários e benefícios pelo INPC acumulado de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025 (4,17%) a todas as faixas salariais.
Na proposta anterior, o índice de 4,17% seria aplicado para o piso de 5h no valor de R$ 2.587,48 e para o piso de 7h no valor de R$ 4.139,97; acima deste valor, a proposta era de 4%, ou seja, abaixo da inflação.
Um avanço importante foi a proposta patronal que garante o pagamento retroativo de 4,17% à data-base (1º de fevereiro), uma reivindicação dos jornalistas presente em todas as campanhas salariais.
Pela proposta, o piso de 5 horas passa de R$ 2.587,48 para R$ 2. 695,38. Para o piso de 7 horas, o valor sai de R$ 4.139,97 para R$ 4.312,60.
Pequenos avanços, por um lado, frustração por outro. Os representantes da Editora Globo não apresentaram qualquer melhoria no auxílio-refeição, hoje estacionado na vergonhosa faixa de R$ 26,00, o que não paga nem um lanche.
Agora, é chegada a hora de mobilizar e participar das assembleias.
Nossa unidade é a nossa força!