Os jornalistas de jornais e revistas, reunidos em assembleias realizadas na terça-feira (25/2), à tarde e à noite, rejeitaram a proposta patronal apresentada ao SJPMRJ na última rodada de negociação. Os jornalistas também aprovaram uma contraproposta aos patrões, visando chegar a um acordo. O Sindicato já oficiou às empresas, no caso aqui a Editora Globo, as decisões tomadas nas assembleias.
Apesar do avanço no pagamento retroativo de 4,17% à data-base (1º de fevereiro), uma reivindicação dos jornalistas presente em todas as campanhas salariais, a proposta patronal se resume à aplicação desse índice – INPC acumulado de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, nos reajustes de salários e benefícios. E nada mais.
Reivindicações como o aumento real e valorização do vale-refeição, fundamentais para a categoria na composição da sua pauta, foram simplesmente ignoradas pelos patrões. Dessa forma, os jornalistas aprovaram nas assembleias uma contraproposta que pudesse sensibilizar as empresas e facilitar um entendimento acerca dessas duas questões com o patronato.
Pela proposta, os jornalistas aceitam reduzir de 5% para 3,5% a aplicação do índice de aumento real, na recomposição das perdas salariais da categoria nos últimos anos. O vale-refeição, no insustentável patamar de R$ 26,00, passaria para R$ 30,00 – um pequeno acréscimo para as empresas, mas uma melhora para os jornalistas que precisam fazer suas refeições fora de casa, principalmente agora com a volta do presencial em várias redações.
Como se vê, a boa vontade da categoria na busca pelo fechamento do acordo é o que não falta. Cabe agora aos patrões fazer a sua parte e valorizar seu patrimônio mais valioso: os jornalistas.
