Em assembleias realizadas na quarta-feira (2/4), pela manhã e à noite, os jornalistas de radiodifusão rejeitaram, praticamente por unanimidade – à exceção uma abstenção e um voto de aceite, à proposta do sindicato patronal visando à Convenção Coletiva de Trabalho 2025. Apesar dos avanços na proposta dos patrões, os jornalistas não aceitaram o fracionamento de salários de acordo com o porte de cada empresa – o que foi decisivo para a rejeição.
A proposta partiu da TV Globo, que tendo o maior número de jornalistas empregados – acima de 680, garantiu o INPC (4,17%) integral para todos. Já as demais empresas de comunicação, abaixo desse patamar, mantiveram o fracionamento salarial, com o acumulado da inflação somente para quem recebe até R$ 5.134,88 (TV) e R$ 4.613,57 (rádio). Acima disso, apenas 4/%.
Essa proposta por parte dos patrões foi considerada discriminatória por parte da categoria, que em uma demonstração de unidade rejeitou de forma categórica.
A proposta patronal apresentada prevê um reajuste no piso em 4,30% (antes 4,17%); um abono de 10% (antes 8,34%); reajuste auxílio-alimentação em 5% (antes 4,50%). No que se refere aos salários: PARA AS EMPRESAS COM MENOS de 680 jornalistas empregados aumento integral de 100% do INPC (4,17) para quem recebe até R$ 5.134,88 (TV) e R$ 4.613,57 (rádio) e acima disso somente 4/%, ou seja, é mantido o fracionamento. PARA AS EMPRESAS COM MAIS DE 680 TRABALHADORES reajuste integral da inflação para todos os jornalistas.
O Sindicato oficiou às empresas, no mesmo dia das assembleias, a decisão dos jornalistas. Agora, é trabalhar a mobilização e a realização de atos e manifestações, nas portas das empresas, para fazer com que os patrões se sensibilizem e atendam as reivindicações da categoria – nenhuma delas absurda e dentro da razoabilidade.
A hora é de mobilização!
Juntos somos mais fortes!
