A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro externa aqui o seu profundo pesar pelo falecimento do fotógrafo Sebastião Salgado, nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, vítima de problemas decorrentes de uma malária que adquiriu nos anos 1990. A notícia foi divulgada pelo Instituto Terra, organização não governamental fundada pelo fotógrafo.
Uma referência para fotografia mundial, Salgado nasceu em Aimorés (MG), em 9 de fevereiro de 1944 e já viajou por mais de 120 países para seus projetos fotográficos. Ele ficou conhecido internacionalmente por seus trabalhos em preto e branco, priorizando a abordagem de temas humanitários, sociais e ambientais.
“Sebastião foi muito mais do que um dos maiores fotógrafos de nosso tempo. Ao lado de sua companheira de vida, Lélia Deluiz Wanick Salgado, semeou esperança onde havia devastação e fez florescer a ideia de que a restauração ambiental é também um gesto profundo de amor pela humanidade. Sua lente revelou o mundo e suas contradições; sua vida, o poder da ação transformadora”, escreveu o Instituto Terra em nota.
Uma de suas obras mais conhecidas e importantes foi uma série de imagens em preto e branco no livro Serra Pelada (1999), local de mineração de ouro na Amazônia, na década de 1980.
“EU FOTOGRAFO O QUE HÁ DE MAIS HUMANO EM NÓS; A LUTA, O SOFRIMENTO, MAS TAMBÉM A RESILIÊNCIA E A ESPERANÇA”
Sebastião Salgado