HORA DE REAGIR, JORNALISTA!
| Vamos renovar a Fenaj em defesa da nossa categoria. As eleições ocorrerão nos dias 19, 20 e 21 de julho |
O jornalismo nunca foi tão necessário em nossa sociedade. Em vez da escassez de informação, que era marca do passado, vivenciamos hoje uma abundância que sacrifica a verdade e a compreensão contextualizada de um mundo cada vez mais complexo. Quanto mais se anuncia a derrocada do jornalismo, mais temos de afirmá-lo como elemento essencial à democracia. Só avança uma sociedade que consegue entender e discutir seus problemas e desafios. Só se faz este debate com jornalismo equilibrado e mídia plural e diversa. Portanto, ao invés de perder sua razão de ser, nossa profissão continuará a ser útil no conturbado mundo de hoje – e particularmente no nosso país.
No Brasil, a radicalização política coloca a veracidade, a correção dos fatos e o direito ao contraditório em último plano. Por trás da derrubada da presidenta Dilma Rousseff sem que ela tenha cometido crime de responsabilidade, se intensifica uma ofensiva conservadora sobre todos os campos, em especial sobre os direitos sociais e dos trabalhadores. A agenda regressiva aprofundada pelo governo interino de Michel Temer inclui uma brutal ameaça à Previdência, desmonte do SUS, da educação pública e de outras políticas de Estado que interessam ao conjunto da população, incluídos aí jornalistas. O oligopólio midiático, que emprega expressiva parcela da nossa categoria, é coautor dessa agenda que, se implantada, implicará um recuo gigantesco em matéria de direitos trabalhistas e sociais.
Não é difícil perceber que o retrocesso político e social amplifica os ataques à nossa categoria. Crise, demissões em massa, precarização. Uso das mudanças tecnológicas para sobrecarga e acúmulos. Agressões de todos os lados, piora das condições e dos ambientes de trabalho, desrespeito dos empregadores à autonomia intelectual dos jornalistas por meio de assédio moral, permanente tentativa de retirada de direitos. Judicialização e criminalização do trabalho jornalístico. Todos presentes no dia a dia do jornalismo brasileiro nos últimos anos.
Frente a tudo isso, é hora de reagir! Mas infelizmente nossa Federação Nacional dos Jornalistas não tem dado respostas à altura a todos esses problemas. Para uma parte importante da categoria, a Fenaj resume-se à carteirinha, esta cada vez mais difícil de obter dada a burocratização dos processos. A entidade está afastada dos jornalistas. Para além da luta pela aprovação da PEC do Diploma, importante bandeira em defesa da formação profissional e qualificação de jornalistas, a Fenaj não desenvolve iniciativas nacionais de mobilização da categoria e de ampliação de direitos, medidas que reforçam a necessidade de fortalecimento dos sindicatos.
:: ESTE ANO TEREMOS A OPORTUNIDADE DE MUDAR ESSE QUADRO
Nos dias 19, 20 e 21 de julho ocorrerão as eleições para a diretoria da Fenaj. Todos os jornalistas sindicalizados em dia votam. É o momento de fazermos o balanço do que o grupo à frente da entidade há cerca de 30 anos vem fazendo. O nosso grupo reúne jornalistas de várias partes do país – atuantes em diferentes segmentos, plataformas, funções — que se propõem a levar a Fenaj para perto das lutas diárias dos jornalistas. Entendemos que é preciso promover a união da categoria urgentemente. E isso passa por fortalecer nossa Federação e colocá-la como impulsionadora desse movimento de reação, coordenando a ação dos 31 sindicatos a ela filiados.
A Fenaj precisa de uma ação efetiva contra as demissões, em defesa dos empregos. Questionar as jornadas extensas, o desrespeito às horas-extras, a sobrecarga e o acúmulo, os salários abaixo do piso, pressionar pela garantia da nossa segurança e pelo respeito ao nosso trabalho, afirmar nossa autonomia editorial e o jornalismo ético, equilibrado e plural. Devemos discutir as mudanças no jornalismo pra não ficarmos a reboque das crises de modelos de negócio das empresas. Debater como as alterações tecnológicas podem ser usadas para melhorar nosso trabalho, e não desqualificá-lo. Lutar contra ataques à liberdade de expressão e os direitos na Internet, nova fronteira da produção informativa. Ao mesmo tempo, a nossa federação precisa ser uma voz firme e respeitada neste momento de crise e polarização política.
A Federação tem que entender as novas fronteiras de atuação da categoria. Promover a defesa dos jornalistas na área das assessorais de imprensa e comunicação institucional, fomentar a reflexão sobre novas formas cooperativas de produção e difusão de notícias, proteger os postos nas redações, mas ver que há vida para além delas. Para isso é preciso incentivar a formação de novos profissionais não apenas no foco do mercado tradicional. Hoje se faz jornalismo além das quatro paredes das redações. Outros modelos de comunicação precisam ser apoiados, buscando pluralidade e independência de novos meios.
Olhar para o serviço público e para os novos postos que surgem na comunicação pública e nos órgãos do Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como de organizações da sociedade civil e entidades sindicais. Zelar pela segurança dos jornalistas dos grandes centros, mas também das cidades do interior.
Ao incidir sobre as mudanças do setor, a Fenaj tem de manter protagonismo na luta pela democratização da comunicação, que garante maior diversidade na mídia e ampliação do campo de trabalho. Construir essa pauta, ao lado de outras entidades da sociedade civil, lutando contra o desmonte das políticas públicas e de conquistas da área, como a Empresa Brasil de Comunicação e o Marco Civil da Internet.
:: PERCEBER E COMBATER DESIGUALDADES NOS LOCAIS DE TRABALHO
Essa diversidade tem que ser bandeira também dentro da categoria. É preciso perceber e combater as desigualdades existentes nos locais de trabalho: entre homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais e homossexuais, pessoas sem deficiência e pessoas com deficiência, e quaisquer outras. Esse respeito deve vir acompanhado de iniciativas efetivas contra qualquer forma de assédio e tratamento abusivo dentro dos locais de trabalho.
Esse não é um papel isolado da Fenaj. É uma luta conjunta com os sindicatos, na qual caberia a ela a coordenação. Mas a Federação se omitiu em várias dessas tarefas. E com isso, a ofensiva contra nossa categoria em um cenário de crise se aprofundou.
É hora de reagir! Os jornalistas precisam resgatar seu protagonismo no jornalismo ético, isento e plural. É possível fazer diferente. Coletivamente, estamos convocados a construir esse movimento que vai muito além da disputa eleitoral: envolve um convite para reencontrar nossa identidade como trabalhadoras e trabalhadores que somos — e como responsáveis por nosso futuro.
Vamos à luta, jornalistas!
Saiba mais sobre a Chapa 2
CONHEÇA OS MEMBROS DA CHAPA 2 HORA DE REAGIR
EXECUTIVA
::PRESIDENTE
JONAS VALENTE (DF)
Coordenador-geral do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal
::1ª VICE-PRESIDENTE
ALESSANDRA MELLO (MG)
Vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
::2º VICE-PRESIDENTE
PAULO SOUSA (SE)
Presidente do Sindicato dos Jornalistas de Sergipe
::SECRETÁRIA-GERAL
PAULA MÁIRAN (RJ)
Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro
::1º SECRETÁRIO
GUSTAVO HENRIQUE VIDAL (PR)
Diretor-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná
::1ª TESOUREIRA
BIA BARBOSA (SP)
Coordenadora do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
::2º TESOUREIRO
LUIZ SALVADOR MACHADO TADEO (RS)
Diretor da Executiva do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul
::SUPLENTE
ELIAS SANTOS (PA)
Jornalista do Instituto Floresta Tropical de Belém
::SUPLENTE
ANNA PAULA ANDRADE (RN)
Jornalista e apresentadora da InterTV Cabugi de Natal
REGIONAIS
::VICE REGIONAL CENTRO-OESTE
LEONOR COSTA (DF)
::VICE REGIONAL SUL
PEDRO CARRANO (PR)
::VICE REGIONAL SUDESTE
NELSON LIN (SP)
::VICE REGIONAL NORDESTE I
RUDSON SOARES (RN)
::VICE REGIONAL NORDESTE II
MARCOS ANDRÉ RODRIGUES (AL)
::VICE REGIONAL NORTE I
FREUD ANTUNES (AC)
::VICE REGIONAL NORTE II
MAX COSTA (PA)
DEPARTAMENTOS
:: DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PROFISSIONAL
Haroldo Lima (ES)
Álvaro Britto (ERJ)
Leandro Taques (PR)
:: DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS
Pedro Pomar (SP)
Marcos Urupá (DF)
Isabela Vieira (RJ)
:: DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO, NEGOCIAÇÃO SALARIAL E DIREITO AUTORAL
Paulo Victor Mello (SE)
Gésio Passos (DF)
Pedro Malavolta (SP)
:: DEPARTAMENTO DE CULTURA E EVENTOS
Auro Giuliano (TO)
Luana Santos (MT)
Carol Barreto (RJ)
:: DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO EM ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Renata Maffezolli (DF)
Alessandra Lessa (GO)
Ítalo Milhomem (MS)
:: DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Carlos Alberto de Oliveira (BA)
Michele da Costa (SP)
Élida Galvão (PA)
:: DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO DOS JORNALISTAS DE PRODUÇÃO E IMAGEM
Roberto Geremias (PR)
Jeomark de Oliveira e Silva (SP)
Katia Paim (SE)
:: DEPARTAMENTO DE SAÚDE E PREVIDÊNCIA
Fábio Reis (SC)
Ana Paula Costa e Silva (RN)
Ednubia Ghisi (PR)
:: CONSELHO FISCAL
Alecsandre Alves (TO)
Reginaldo Aguiar (DF)
Caroline Rejane (SE)