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domingo, abril 20, 2025
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Patronato faz proposta de 3% de reajuste salarialJornalistas vão dar a resposta na assembleia itinerante, nos dias 19, 20 e 21 de março

As empresas de Radiodifusão, em resposta à proposta alternativa apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas no dia 8 de março de 6,59% estão oferecendo apenas 3% de índice de reajuste salarial, a serem aplicados também nas demais cláusulas econômicas.
Alegam que o novo índice de 3% representa um avanço de 50% em relação à contraproposta apresentada em janeiro de 2%.
O Sindicato dos Jornalistas entende que é chegada a hora dos jornalistas decidirem em assembleia os rumos da Campanha Salarial 2018. Participe das assembleias!
QUADRO DA ASSEMBLEIA ITINERANTE

Proposta Patronal
A nova proposta das empresas de Rádio e TV para os jornalistas do município do Rio é:

A proposta do patronato foi apresentada na sexta rodada de negociação da Campanha Salarial 2018 (15/3). Oferece o índice de 3% nas cláusulas econômicas (Reajuste Salarial, Auxílio Alimentação, Auxílio Creche, Auxílio Funeral e Seguro de Vida, Abono e PPR), frente ao índice de 1,87% da inflação acumulada no período de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018.
Piso Salarial
A proposta dos jornalistas de Piso Salarial unificado no valor de R$ 2.000,00 não foi aceita e, se aprovada a proposta patronal, será aplicado o índice de 3% no piso atual.

Perdas nas cláusulas sociais garantidas por 2 anos
As chamadas cláusulas sociais são aquelas que não geram um desembolso imediato por parte dos empregadores. São importantes para os trabalhadores, na medida em que, garantem benefícios a maioria ou a parte dos empregados.
Na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos jornalistas estas cláusulas, na sua maioria, têm validade de dois anos. Até a malfadada reforma trabalhista elas vinham sendo renovadas sem muita dificuldade. Mas, na Campanha Salarial de 2018, os empresários estão impondo a modificação de várias cláusulas.
Assim, as cláusulas assinadas em 2017, na proposta dos jornalistas, deveriam ser mantidas até 2019 sem nenhuma alteração. Porém o patronato quer alterar as cláusulas de Horas Extras, Adicional por Tempo de Serviço (ATS), Viagem, Garantia de emprego às vésperas da Aposentadoria e as Cláusulas de Doação e Custeio Sindical.
Adicional por Tempo de Serviço (ATS)
O chamado Adicional por Tempo de Serviço (ATS) foi conquistado pelos jornalistas de Rádio e TV em 1990 e vem sendo mantida desde então, sem questionamentos. Atualmente, para cada quinquênio de serviço ininterrupto na empresa o jornalista recebe um adicional de 3% sobre o salário-base, no limite de cinco quinquênios.
A proposta do patronato é: “Para as empresas que tenham Plano de Cargos e Salários ou políticas equivalentes que garantam a todos os jornalistas a oportunidade de progresso salarial ou na carreira, por reconhecimento ou mérito ou promoções salariais diversas” serão congelados os quinquênios adquiridos até 1° de fevereiro de 2019 e não mais conceder o benefício a partir desta data. Esta cláusula o patronato quer garantir por 2 anos.
Como cala-boca, oferecem, a título de abono, na folha de pagamento do mês de assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho 2018 (CCT), os seguintes valores:
TV – R$ 975,00
Rádio – R$ 586,00
Horas Extras
Hoje as horas extras podem ser compensadas em até 90 (noventa) dias. A proposta patronal é de estender a compensação em até seis meses (180 dias), a partir de 1° de fevereiro de 2019. Esta cláusula o patronato quer garantir por 2 anos.
Garantia de emprego às vésperas da Aposentadoria
A cláusula assegura que o jornalista com mais de cinco anos na empresa tem a garantia de emprego no período de 12 (doze) meses que anteceder à data em que passe a fazer jus à aposentadoria. O patronato está incluindo um parágrafo que permite converter a estabilidade em indenização, com vigência a partir de 01/02/2019.
Viagem
As empresas de radiodifusão querem modificar outra cláusula de dois anos, a partir de 01/02/ 2018. Propõem deixar de pagar as horas extras no momento do deslocamento da viagem, o que causaria um grande prejuízo aos jornalistas que viajam, principalmente neste ano quando teremos grandes eventos (eleição, copa do mundo, etc.).
Intervalo Intrajornada
O patronato de rádio e TV apresentou uma nova cláusula que altera o intervalo para refeição e descanso dos jornalistas: “Em qualquer jornadas, as Empresas acordarão diretamente com os empregados o horário de intervalo, podendo este ser reduzido para 30 minutos em jornadas superiores a 6 horas diárias.”
Doação e Custeio Sindical
O governo federal embutiu, na malfadada reforma trabalhista, o fim da Contribuição Sindical, da maneira como era cobrada historicamente, visando enfraquecer aquela que é a principal ferramenta na defesa dos trabalhadores: os seus sindicatos.
Agora as empresas estão se recusando a reconhecer a validade da assembleia realizada pelo Sindicato dos Jornalistas, em que os jornalistas autorizaram o desconto da contribuição sindical (desconto de um dia de trabalho). Estão exigindo autorização individual para o desconto da contribuição sindical e da doação assistencial para custeio da campanha salarial, em duas parcelas no valor de R$ 45,00, cada. Isto obriga o Sindicato a solicitar a cada jornalista a autorização (para associado ou não associado).

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