Assembleias para a aprovação da Pauta acontecerão de 11 a 14 de novembro nas redações e na sede do Sindicato
Foi finalizada em 28 de outubro a pesquisa encaminhada pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) para apoiar a elaboração da Pauta de Reivindicações da categoria relativa à data-base de 1º de fevereiro de 2020.
A consulta, dirigida a jornalistas cariocas que trabalham em empresas de rádio, televisão, jornal e revista, assessorias de imprensa, sites/redes sociais e agências de notícias, foi aberta em 11 de outubro.
Como era de se esperar, a preocupação da categoria se volta para pleitos econômicos. A maior parte dos que responderam à pesquisa (64%) considera o reajuste salarial a reivindicação mais importante, seguida do fortalecimento do piso salarial (16%). Os pleitos de garantia no emprego (8%), defesa da liberdade de expressão (6%) e Participação nos Lucros e Resultados (4%) também são considerados relevantes.
Cinquenta e seis por cento (56%) dos que responderam à consulta ganham entre R$ 955,00 e R$ 3.816,00 – sendo que 20% entre R$ 955,00 e R$ 1.908,00. Trinta e quatro por cento (34%) estão na faixa entre R$ 3.817,00 e R$ 7.632,00. E apenas 10% encontram-se acima de R$ 7.632,00. A maioria já recebe mais do que o piso salarial da categoria: R$ 1.770,00 (rádio); R$ 1.970,00 (televisão); e R$ 2.000,00 (impressos).
Um grande percentual dos pesquisados (71,5%) tem jornada de trabalho diária igual ou superior a 7 horas – 38%, jornada de 5+2 horas extraordinárias; e 32,7%, mais de 7 horas. Pouco mais de dezesseis por cento (16,5%) tem jornada de 5 horas; 10,2%, de 5+1 hora extra; e 2%, menos de 5 horas diárias.
A grande maioria dos jornalistas pesquisados (72%) trabalha com carteira assinada (CLT) e 12% têm vínculo empregatício como PJ (Pessoa Jurídica). Seis por cento (6%) atuam como freelancers.
Trinta e quatro por cento (34%) dos pesquisados trabalham em veículos impressos: 32% em jornal; e 2% em revista. Vinte e dois por cento (22%) em assessorias de imprensa e 20% em televisão – mesmo percentual dos que atuam em sites/redes sociais. Outros 4% trabalham em agências de notícias. Um dado preocupante: nenhum jornalista de emissora de rádio participou da consulta.
Apesar de a categoria ser majoritariamente do sexo feminino, os homens participaram da pesquisa em maior número (56%).
Entre os pesquisados, 78% informaram ser brancos; 12% pardos; e 8% pretos; “outros” ficaram com 2%.
Trinta e seis por cento (36%) dos pesquisados têm entre 41 e 55 anos; 28%, entre 31 e 40; 28%, entre 18 e 30; e 8% têm mais de 56 anos de idade.
Outro dado preocupante: no universo de jornalistas que participaram da consulta, apenas 28% são sindicalizados.
Com o país em grave crise econômica e com a deterioração contínua das condições de emprego e renda, é tarefa prioritária do jornalista carioca lutar para melhorar sua situação salarial, sem abrir mão de avanços em pleitos sociais, como os auxílios alimentação e creche, e em reivindicações mais relacionadas ao fazer jornalístico, como a liberdade de expressão e normas de segurança.
E para isso, o esforço coletivo e o trabalho sindical são importantíssimos. Fortalecer o nosso Sindicato, é fortalecer o nosso instrumento de luta – o mais importante na batalha por mais direitos e dignidade.
Participe da Campanha Salarial 2020!
Filie-se ao Sindicato!
E fique atento às assembleias que definirão a nossa Pauta de Reivindicações, que acontecerão entre os dias 11 e 14 de novembro nas redações e na sede do Sindicato dos Jornalistas.