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segunda-feira, novembro 25, 2024
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É hora de retomar a campanha salarial

O mês de julho é estratégico para a nossa Convenção Coletiva. É o mês no qual as empresas deveriam estar iniciando o pagamento da PLR/PPR referente ao ano de 2019. No entanto, chegamos até aqui sem sequer ter uma proposta fechada. Em vista disso, no dia 7/7 enviamos ofícios aos sindicatos patronais de jornais e revistas e de radiodifusão solicitando a realização de reunião urgente para a retomada das negociações salariais.

Mais uma vez, os sindicatos patronais, que interromperam as negociações unilateralmente há quatro meses, recusaram-se a discutir. Segundo as empresas, com a maioria da categoria de férias ou home office em função das medidas preventivas da pandemia, não há como realizar reuniões e assembleias presenciais para discutir uma proposta de CCT. Desculpa mais que esfarrapada. Há condições, sim, e as assembleias virtuais realizadas em maio para discutir os acordos de redução de jornada e salários, com a participação de centenas de trabalhadores, são uma prova disso.

A nossa data base é 1º de fevereiro. Nossa Convenção Coletiva de Trabalho tem vigência de dois anos (2019/2021), mas as cláusulas econômicas devem ser negociadas anualmente. Em novembro de 2019 o Sindicato encaminhou a Pauta de Reivindicações para os sindicatos patronais, que só responderam em fevereiro. Nas reuniões realizadas ainda de forma presencial, os patrões rejeitaram a Pauta e apresentaram a contraproposta de reajuste zero de salários, o que, obviamente, não foi aceito pelo nosso Sindicato.

As negociações prosseguiram e, em março, tudo parecia se encaminhar para o afunilamento de uma proposta que pudesse ser apresentada para avaliação da categoria. Foi nesse momento que os dois sindicatos patronais romperam unilateralmente a negociação. O argumento era a nova realidade da pandemia. Apesar de discordar da interrupção das negociações, nosso Sindicato entendeu a gravidade da situação e agiu no sentido de assegurar as condições de saúde e segurança dos trabalhadores no exercício profissional.

Mas a categoria não pode mais arcar com prejuízos. Desde o início da pandemia as empresas de comunicação viram as audiências e o número de assinantes crescerem. Isso, certamente, se refletiu nos caixas. Essa valorização da informação correta se dá graças ao trabalho diligente dos profissionais de comunicação. E é bom lembrar que os salários, que já não haviam sido reajustados, foram reduzidos pela MP 936/20, instrumento utilizado pelo governo federal supostamente para assegurar os empregos, mas que, na realidade, não assegura nada.

Enviamos novo oficio às empresas, insistindo na reabertura das negociações e estamos aguardando resposta.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Munícipio do Rio de Janeiro convoca a categoria para cerrar fileiras em defesa de seus direitos, na luta pela retomada das negociações e pela assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho.

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