O roteiro foi o mesmo de todo início de Campanha Salarial. Na reunião realizada quarta-feira, 19/01, entre o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio e os representantes das empresas de radiodifusão e do Sindicato patronal, as empresas chegaram sem nenhuma contraproposta à Pauta de Reivindicações enviada no final de novembro. Sem proposta, mas com muito choro.
Segundo os representantes do patronato, nossa Pauta não reflete a situação atual do mercado de comunicação, cujo cenário deste ano “é pior que o do ano passado”, com o novo surto da pandemia impondo mais custos – dentre eles a aquisição de máscaras, álcool em gel, higienização de ambientes!!!
Os dirigentes sindicais lembraram que os jornalistas vêm acumulando perdas há dois anos com reajustes abaixo da inflação; viram seus gastos aumentar no teletrabalho, tendo que arcar com mais despesas de internet e energia; continuam na linha de frente da pandemia; constituem uma das categorias com maior número de infectados pela Covid. Cobrar reajuste pela inflação integral e recomposição das perdas, portanto, está totalmente adequado à realidade.
Após uma hora e meia de discussão, ficou acertado que até sexta-feira, 21/01, as empresas encaminharão o Acordo de garantia da data-base (1º de fevereiro) e uma proposta de calendário das próximas reuniões. A proposta do Sindicato é realizar mais uma reunião agora em janeiro e duas em fevereiro, já no período da data-base.
A prévia mostra que não será uma negociação fácil. Conquistar um reajuste salarial digno depende da mobilização da categoria. Tão logo as empresas apresentem a contraproposta, convocaremos uma plenária virtual.
Fique atento aos boletins do Sindicato.