Jornalistas rejeitam proposta patronal e empresas empurram negociação com a barriga!
Precisamos da mobilização de todos no local de trabalho! Merecemos muito mais!
Na semana passada, dia 24/3, em assembleias realizadas à tarde e à noite, os jornalistas de radiodifusão rejeitaram, praticamente por unanimidade – à exceção de uma abstenção e um voto a favor – a proposta do sindicato patronal visando à Convenção Coletiva de Trabalho de 2025.
Apesar de alguns avanços na proposta patronal, os jornalistas não aceitaram o fracionamento de salários de acordo com o porte de cada empresa e a ausência de propostas a título de aumento real.
A TV Globo, que tem o maior número de jornalistas empregados (acima de 680), garantiu o INPC (4,17%) integral para todos. Já as demais empresas de comunicação, abaixo desse patamar, oferecem o fracionamento salarial, com o acumulado da inflação somente para quem recebe até R$ 5.134,88 (TV) e R$ 4.613,57 (rádio). Acima disso, apenas 4/%.
Essa proposta foi considerada discriminatória pelos jornalistas presentes nas assembleias, que, em demonstração de unidade, a rejeitaram de forma categórica.
A proposta patronal apresentada também prevê um reajuste no piso em 4,30% (antes 4,17%); um abono de 10% (antes 8,34%); e reajuste do auxílio-alimentação em 5% (antes 4,50%).
Nosso Sindicato informou às empresas, no mesmo dia das assembleias, a decisão dos jornalistas – e tem buscado o retorno à mesa de negociação de forma a construir um termo que seja satisfatório para todos. O sindicato patronal, por sua vez, insiste em só retornar à mesa no dia 29 de abril, talvez na tentativa de cansar os trabalhadores.
Em contatos com representantes das empresas, nosso Sindicato foi informado que reuniões do sindicato patronal a respeito da campanha salarial serão realizadas ainda esta semana, quando avaliarão o posicionamento dos jornalistas nas assembleias do dia 24.
Como não podemos ficar parados, os jornalistas precisam encontrar formas de pressionar as direções das empresas nos locais de trabalho, contando para isto com o apoio do nosso Sindicato.
Na semana em que se celebra o Dia dos Jornalistas, estamos sendo desrespeitados no Rio de Janeiro, com propostas que dividem a categoria, não levam em consideração perdas passadas e jogam por terra anos e anos de dedicação a um ofício extremamente qualificado, fundamental para a sociedade brasileira.
Os jornalistas merecem muito mais!